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domingo, 20 de novembro de 2011

O Divorcio e o Casamento pelo Espiritismo





Não deveríamos nos prender, nesse caso, o problema ao conceito de carma. Essa é uma posição da filosofia oriental que tem aproximações com a Lei de Causa e Efeito apresentada pelo Espiritismo, mas há distinções em relação ao entendimento isso na prática.
Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimização ou eliminação das ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem. Vamos esclarecer bem essa questão do divórcio:
A separação e o divórcio possibilitam a resolução dos conflitos que se estabelecem na vida das pessoas que estão ligadas por compromisso formal ou vínculos legais, mas não mais se entendem, nem se amam. Na nossa cultura, essa opção é acompanhada de grande sofrimento. Parte desse sofrimento decorre do próprio processo de ruptura e parte resulta de questões culturais. Quando as pessoas se casam, geralmente, acreditam que estão dando um passo definitivo, pretendem viver juntas por longo tempo e realizam, por isso, grande investimento energético na relação, construindo elos fortes. Na separação, esses laços energéticos se rompem, o que repercute dolorosamente sobre a alma.
Esse sofrimento é inerente ao processo e, quando o casal se decide pela separação, não dá para fugir dele, é preciso enfrentá-lo com serenidade. Mas há ainda o outro sofrimento, que resulta do ideário cultural sobre a indissolubilidade do matrimônio. Podemos atenuar esse último, se desenvolvermos uma visão crítica da cultura em que vivemos.
A Doutrina Espírita nos ensina a ver o divórcio de uma maneira mais adequada. Os Espíritos, ao falarem sobre o assunto, criticaram claramente as amarras culturais que dificultam a vida dos casais. Destacam eles que a determinação legal de indissolubilidade do casamento é um erro e perguntam: “Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam?”(LE – q.940)
Depreende-se dos ensinos deles que Deus determina a união dos seres pelo amor, para que se crie no lar uma psicosfera favorável ao desenvolvimento sadio dos filhos que porventura venham a ter. “No meio espírita, costuma-se dizer que as pessoas não devem optar pelo divórcio, porque estarão adiando o pagamento de uma dívida e terão no futuro, por isso mesmo, maior dificuldade para efetuar esse pagamento. Talvez isso se aplique ao indivíduo que é inconseqüente e irresponsável no direcionamento de suas energias amorosas, mas não se pode generalizar e achar que em todas as situações esse critério seja adequado. Na verdade, há casos em que o mal maior seria as pessoas permanecerem vinculadas a um compromisso que não desejam mais e, por isso, perderem a alegria de viver e a possibilidade de realizações espirituais significativas para sua própria evolução. Somente aquele que está vivendo o problema poderá decidir, consultando sua própria consciência, qual o melhor caminho a seguir.
“O conselho dos Espíritos é sempre no sentido de desenvolver as qualidades da alma para possibilitar um ajustamento harmonioso entre os componentes do grupo familiar e, quando se instala o conflito, a recomendação é de que se procurem todos meios de resolução do problema antes de optar pela separação. (Esse tema está, também, na edição FEEES/2002)


Marlon Santos

domingo, 13 de novembro de 2011

A Mediunidade como forma de resgate





Resgate cármico significa correção de erros praticados nesta vida, mas a maioria deles o fora em outras encarnações.


Pelo fato do médium ter que exercitar as virtudes cristãs para ser fiel ao seu programa espiritual, vai corrigindo as tendências de reassumir os erros contidos no passado recente ou longínquo. Se é para corrigir dívidas do passado, o exercício da mediunidade não pode ser remunerado no presente, sob pena de agravamento dos débitos, com juros e correções. O médium está pagando, com seu trabalho, o que deve à lei divina, que é amor e harmonia, por se ter desviado dela, por desamor e desequilíbrio do sentimento.


O atendimento pela psicografia ( escrita), psicofonia ( incorporação), seja para orientação de encarnados ou de desencarnados, cura física e espiritual, clarividência ou claraudiência, ou qualquer outra manifestação mediúnica, está sempre permitindo ao médium correção dos seus defeitos, ao mesmo tempo m que traz consolo e ensinamento a todos os necessitados.


É possível que todas as pessoas sejam médiuns?


De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na matéria.


Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua potencialidade.


Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.


Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a iniciá-la.


Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e dentro dos princípios de ética ensinados pelo espíritismo.


Marlon Santos



Allan Kardec, revista

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mais novidades sobre Os Círculos Ingleses
















Um dos fenômenos sem explicações demonstráveis que mais atrai nossa atenção é, sem dúvida, o dos círculos nos campos de trigo, chamados de círculos ingleses, agrogramas ou crop circles [cultura dos círculos], que ocorrem na Inglaterra principalmente, mas surgem nos mais variados países. Esses surpreendentes e magníficos desenhos foram mundialmente percebidos nos anos 80, despertando a curiosidade de muita gente, inclusive do governo britânico. É sabido que aproximadamente de 80 a 85% deles são feitos por hábeis mãos humanas, através de um grupo especializado denominado circlemakers [fabricantes de círculos] e outros, que utilizam-se deste peculiar hobby.

No Brasil foram batizados como agroglifos. Entre as teorias e suposições propostas nestas décadas para a explicação do fenômeno, temos: desordem química no solo devido à abundância de fertilizantes, no subsolo devido ao calor ou modificações químicas abaixo da superfície, a ação de um fungo caprichoso chamado micélio anular, micro-explosões, fatores meteorológicos que incluem ventos e tornados - dentre eles os relâmpagos globulares - e uma possível atividade secreta militar mediante satélites ou energias de testes, disparadas desde o espaço.




No entanto, restam as sobras, ou seja, no mínimo 10% dos agroglifos não possuem resolução, conclusão ou provas de suas origens. A hipótese extraterrestre obviamente se inclui entre as possibilidades e provavelmente é a que mais gostaríamos de pensar que seja a adequada. No entanto, as tentativas de elucidação e comprovação mostram-se longe de respostas e, a cada nova peça encaixada, outras perguntas surgem, assim como em todos os campos do conhecimento.

Temporada 2011

Todo ano a história se repete no verão europeu, independente da vontade das pessoas, grupos de estudo ou falsificadores, há pelo menos 30 anos. No último dia 22 de abril, apareceu o primeiro, novamente na Inglaterra.







No dia 24 foi a vez da Holanda, com agroglifos surgidos na cidade de Bosschenhoofd. Duas fotos foram disponibilizadas. Em seguida, retornamos para Inglaterra, com crops aparecendo na terça-feira (27) em White Horse, Nr Alton Barnes, Wiltshire.




Descrição: Um fenômeno que desafia cientistas, autoridades, militares e ufólogos. Saiba o que são os círculos ingleses e avalie se são mensagens que outras espécies cósmicas nos transmitem.

Há mais de 30 anos, plantações da Inglaterra e de outros países têm sido alvos de um estranho fenômeno. Desenhos inexplicáveis e cada vez mais complexos surgem misteriosamente em campos de trigo, cevada, canola, arroz e de outros cereais. Autoridades e militares, perplexos, se unem a cientistas e agrônomos na busca por uma explicação. Até hoje, nenhuma foi encontrada e continuamos sem saber quem são seus autores e o que significam essas mensagens. Hollywood chegou a lançar o filme Sinais, com Mel Gibson, para alertar sobre o assunto.


Marlon Santos


Fontes de pesquisa: parte é da Revista Ufo


Nota: A página do Bloger está novamente sendo 'reformada'. Por isso a dificuldade das postagens, onde acabo sem poder efetuar as publicações no tempo certo, sem contar as formatações que ainda não estão ajustadas para as páginas.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Transfiguração



O melhor que já obtive de informação em estudos sobre as transfigurações; um fato acontecido em 1857 em Saint Etienne. Foi uma das primeiras reportagens da Revista Espírita no Brasil.


''Extraímos o fato seguinte de uma carta que nos escreveu, no mês de setembro de 1857, um de nossos correspondentes de St-Etienne. Depois de ter falado de diversas comunicações, das quais foi testemunha, acrescentou:


"Um fato mais espantoso se passa numa família de nossos vizinhos. Das mesas girantes passou-se à poltrona que fala; depois amarrou-se um lápis nessa poltrona e essa poltrona indicou a psicografia; foi praticada por muito tempo, antes como brinquedo do que como coisa séria. Então a escrita designou uma das filhas da casa, ordenou passar as mãos sobre sua cabeça depois de tê-la feito deitar; ela dormiu logo, e depois de um certo número de experiências, essa jovem se transfigurou: tomou os traços, a voz, os gestos de ascendentes mortos, de avós que jamais conheceram, de um irmão falecido há alguns meses; essas transfigurações eram feitas sucessivamente em uma mesma sessão. Ela falava um dialeto que não era mais o da época, disse-me, porque não conhecia nem um nem o outro; mas o que posso afirmar, é que em uma sessão onde tomara a aparência de seu irmão, vigoroso gaiato, essa jovem de treze anos deu-me um rude aperto de mão.


"Há dezoito meses, ou dois anos, esse fenômeno é constantemente repetido do mesmo modo, somente hoje produziu-se espontânea e naturalmente, sem imposição das mãos.''


Esse estranho fenômeno, se bem que bastante raro, não é excepcional; já se falou de vários fatos semelhantes, e nós mesmos, várias vezes, fomos testemunha de alguma coisa análoga entre os sonâmbulos em estado de êxtase, e mesmo entre os extáticos que não estavam em sonambulismo. É certo, além do mais, que emoções violentas operam, sobre a fisionomia, uma mudança que lhe dá um caráter diferente daquele do estado normal. Não vemos, igualmente, pessoas cujos traços móveis se prestam, segundo sua vontade, a modificações que lhes permitem tomar as aparências de outras certas pessoas? Vê-se, pois, por aí, que a rigidez da face não é tal que não possa sujeitar-se a modificações passageiras, mais ou menos profundas, e nada há de espantoso em que um fato semelhante possa produzir-se, no caso em que se trata, embora, talvez, por um causa independente da vontade.


Eis as respostas que obtivemos de São Luís a esse respeito, na sessão da Sociedade, de 25 de fevereiro último.


1. O fato de transfiguração, do qual acabamos de falar, é real? -R. Sim.


2. Nesse fenômeno, há um efeito material? - R. O fenômeno de transfiguração pode ocorrer de modo material, a tal ponto que, nas diversas fases que apresenta, poder-se-ia reproduzi-lo em daguerreotipia.


3. Como esse efeito se produziu? - R. A transfiguração, como a entendeis, não é senão uma modificação da aparência, uma mudança, uma alteração nos traços que pode ser produzida pela ação do próprio Espírito sobre seu envoltório, ou por uma influência exterior. O corpo nunca muda, mas, em conseqüência de uma contração nervosa, ele submete-se a aparências diversas.


4. Pode ocorrer que os espectadores sejam enganados por uma falsa aparência? - R. Pode ocorrer também que o perispírito desempenhe o papel que conheceis. No fato citado, ocorreu contração nervosa, e a imaginação aumentou-a muito; de resto, esse fenômeno é bastante raro.


5. O papel do perispírito seria análogo ao que se passa no fenômeno de bicorporeidade? - R. Sim.


6. É preciso, então, que, no caso de transfiguração, haja de-saparição do corpo real, para os espectadores que não vêem mais que o perispírito sob uma forma diferente? - R. Desaparição, não física, mas oclusão. Entendei-vos sobre as palavras.


7. Parece resultar disso que acabais de dizer que, no fenômeno da transfiguração, pode haver dois efeitos: 15 Alteração dos traços do corpo real, em conseqüência de uma contração, nervosa. Aparência variável do perispírito que se torna visível. É assim que devemos entender? - R. Certamente.


8. Qual é a causa primeira desse fenômeno? - R. A vontade do Espírito.


9. Todos os Espíritos podem produzi-lo? - R. Não: os Espíritos não podem sempre fazer o que querem.


10. Como explicar a força anormal dessa jovem transfigurada na pessoa de seu irmão? - R. O Espírito não possui uma grande força? De resto, é a do corpo em seu estado normal.


Nota. Esse fato nada tem de surpreendente; freqüentemente, vêem-se as pessoas mais fracas dotadas momentaneamente de uma força muscular prodigiosa, por uma causa superexcitante.


11. Uma vez que, no fenômeno da transfiguração, o olhar do observador pode ver uma imagem diferente da realidade, ocorre o mesmo em certas manifestações físicas? Quando por exemplo uma mesa se eleva sem o contato das mãos, e que é vista acima do solo, é verdadeiramente a mesa que se destacou? - R. Podeis perguntá-lo?


12. O que é que a ergue? - R. A força do Espírito.


Nota. Esse fenômeno já foi explicado por São Luís, e tratamos essa questão, de modo completo, nos números de maio e junho de 1858, a propósito da teoria das manifestações físicas. Foi-nos dito que, nesse caso, a mesa, ou o objeto qualquer que se mova, se anima de uma vida factícia, momentânea, que lhe permite obedecer à vontade do Espírito.


Certas pessoas quiseram ver, nesse fato, uma simples ilusão de ótica que faria ver, por uma espécie de miragem, a mesa no espaço, ao passo que ela estaria realmente sobre o solo. Ainda que a coisa fosse assim, ela não seria menos digna de atenção; é notável que aqueles que querem contestar ou denegrir os fenômenos espíritas, expliquem-nos por causas que seriam, elas mesmas, verdadeiros prodígios, e bem mais difíceis de compreender-se; ora, por que, pois, tratar isso com tanto desdém? Se a causa que assinalam é real, por que não aprofundá-la? O físico procura se render conta do menor movimento anormal da agulha imantada; o químico na mais leve mudança na atração muscular por que, pois, ver-se com indiferença fenômenos tão bizarros quanto aqueles dos quais falamos, fossem o resultado de um simples desvio do raio visual e uma nova aplicação de leis conhecidas? Isso não é lógico. Não seria certamente impossível que, por um efeito de ótica análogo àquele que nos faz ver um objeto na água mais alto do que está, em conseqüência da refração do raio luminoso, uma mesa nos aparecesse no espaço, enquanto estivesse sob o sol; mas, há um fato que resolve peremptoriamente a questão, é quando a mesa cai bruscamente sobre o solo e quando ela se quebra; isso não nos parece ser uma ilusão de ótica. Voltemos à transfiguração.


Se uma contração muscular pode modificar os traços do rosto, isso não pode ser senão em um certo limite; mas, seguramente, se uma jovem toma a aparência de um velho, nenhum efeito psicológico far-lhe-á produzir a barba; é preciso, pois, procurar-lhe a causa em outro lugar. Querendo-se reportar-se ao que dissemos precedentemente, sobre o papel do perispírito em todos os fatos de aparições, mesmo de pessoas vivas, compreender-se-á que lá está ainda a chave do fenômeno da transfiguração. Com efeito, uma vez que o perispírito pode se isolar do corpo, que pode tornar-se visível, que pela sua extrema sutilidade pode tomar diversas aparências à vontade do Espírito, conceber-se-á, sem dificuldade, que ele esteja assim numa pessoa transfigurada: o corpo fica o mesmo, só o perispírito muda de aspecto. Mas, então, dir-se-á, em que se torna o corpo? De um lado o corpo real e de outro o perispírito transfigurado? Fatos estranhos, dos quais iremos falar oportunamente, provam que, em conseqüência da fascinação que se opera nessa circunstância no observador, o corpo real pode estar, de alguma sorte, velado pelo perispírito.


O fenômeno objeto desse artigo nos foi transmitido já há muito tempo, e se não falamos dele ainda, foi porque não nos propusemos fazer de nossa Revista um simples catálogo de fatos próprios para alimentar a curiosidade, uma árida compilação sem apreciação e sem comentário; nossa tarefa seria muito fácil, e a tomamos mais a sério; dirigimo-nos, antes de tudo, aos homens de raciocínio, àqueles que, como nós, querem se render conta das coisas, tanto quanto isso seja possível. Ora, a experiência nos ensinou que os fatos, por estranhos e multiplicados que sejam, não são elementos de convicção; e o são tanto menos quanto sejam estranhos; quanto mais um fato é extraordinário, tanto mais parece anormal, menos se está disposto a crer nele; quer-se ver, e quando se viu, duvida-se ainda; desconfia-se de ilusões e conivências. Não ocorre assim quando se acha, nos fatos, uma razão de ser por uma causa plausível. Vemos todos os dias pessoas que rejeitaram outrora os fenômenos espíritas, à conta da imaginação e de uma cega credulidade, e que hoje são adeptos fervorosos, precisamente porque esses fenômenos não têm agora nada que repugne à sua razão; elas se os explicam, compreendem-lhes a possibilidade, e crêem neles mesmo sem terem visto. Antes de falarmos de certos fatos, temos, pois, que esperar que os princípios fundamentais estejam suficientemente desenvolvidos, para deles render-se conta; o da transfiguração está entre esse número. O Espiritismo é para nós mais que uma crença: é uma ciência, e estamos felizes em ver que os nossos leitores nos compreenderam.

Marlon Santos

uma homenagem à Revista Espírita