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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O que fazer e como tomar decisões diante da doença de um ente querido?


A doença de um parente ou amigo próximo, normalmente, é problema que se estende a todos: amigos e parentes. Seja por questões cármicas ou por questões puramente sociais, e mesmo assim de natureza cármica, o problema sempre está relacionado com a tal abrangência.

Uma vez requisitada a tua presença, a tua ajuda ou a tua opinião, faça de bom grado, desde que dentro daquela condição que não tire tua vida da rota normal. No entanto, de toda a coisa que possa te ser pedida, a pior e mais melindrosa é a opinião ou a decisão, isso porque é justamente na hora de avaliar o que é melhor para o paciente que as mentes divergem muito, e ainda, leva-se em conta o fato de que a responsabilidade da resposta ou da opinião pode significar risco de morte e trauma.

Conquanto se enrolam num conservadorismo quase estúpido nessas horas, isso sem contar que os urubus de plantão que estão na volta por questões comerciais parecem ser anjinhos de ajuda ao contrário, o sangue quente e a proximidade com o doente tira da razão parentes e amigos próximos. Isso faz com que as decisões sempre acabem fazendo com que o melhor seja feito para acalmar muito mais a ansiedade da mente dos outros do que as agruras do paciente. Para isso, tem que se ter em mente que o uso da razão tem que ser constante, considerando-se ainda, que uma certa dose de frieza só ajuda.

A exemplo: temos um paciente cujo problema é grave e que precisa fazer cirurgia, mas que, no entanto, a cirurgia poderá ou não resolver o problema. O que fazer? Fazer a cirurgia, ora! Pois se não fizer a mesma o problema vai estar lá e vai levar o paciente a dores e risco de vida, num total de cem por cento de chance disso acontecer, se a cirurgia for feita, ao menos se tem cinquenta por cento de chance de êxito.

Noutro exemplo: temos um paciente em estado terminal, consciente de tudo, e lhe é proposto uma cirurgia paliativa. O que dizer para o paciente, caso ele queira tua sugestão? Diga-se que a vontade dele será apoiada na integralidade, ou seja, nesse caso, a vontade do paciente deve ser respeitada, embora que ele não saiba dos detalhes da própria doença.

Em outro caso: como saber até que ponto devemos orar e batalhar com todas as forças para que a pessoa enferma fique entre nós? Simples: até o ponto da pessoa não ter mais dignidade de vida e, de outro lado, até o ponto de identificarmos que o paciente ainda pode estar por aqui mais por vaidade nossa e egoísmo nosso do que por necessidade ou vontade dele próprio. Nesse caso, abandonemos o egoísmo e deixemos a vida seguir seu curso.

É dever nosso batalhar o tempo todo para a recuperação do nosso ente ou do nosso amigo. Temos que investir todo o esforço para que o nosso irmão fique aqui pela terra na integra de sua missão. Para isso, nossa ajuda e nosso conforto são de extremada utilidade nesses momentos, pois a fraternidade, nesse aspecto, é superior a qualquer tipo de número.

É nossa obrigação e compromisso fazer de tudo para que o parceiro que está enfermo melhore e inteire sua passada por aqui, desde que com dignidade. Devemos procurar todos os bons recursos disponíveis e possíveis para que a pessoa melhore ou tenha qualidade de vida enquanto por aqui está.

Pregar Deus sempre nesses momentos, e fazer com que o doente, tanto para ficar por aqui, quanto para desencarnar, nunca pense em culpar Deus pelos seus problemas pessoais.


Marlon Santos

12 comentários:

  1. Marlon, meu nome é Ivete e conheço bem o seu dom, um amigo querido de minha família foi levado as pressas para POA com um cancer. O nome dele é Guilherme Teston, mora em Iraí-RS tem apenas 5 anos e até sexta-feira dia 09/10 era tido como uma criança saudável. Passou mal e foi levado para o hospital, aonde permanece sem muita expectativa de melhora por parte dos médicos. Se for possível ajudar de alguma forma, coloco toda a minha fé voltada para a cura deste anjinho inocente.
    Desde já sou grata.
    Ivete

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  2. Marlon, meu nome é Ivete e conheço bem o seu dom, um amigo querido de minha família foi levado as pressas para POA com um cancer. O nome dele é Guilherme Teston, mora em Iraí-RS tem apenas 5 anos e até sexta-feira dia 09/10 era tido como uma criança saudável. Passou mal e foi levado para o hospital, aonde permanece sem muita expectativa de melhora por parte dos médicos. Se for possível ajudar de alguma forma, coloco toda a minha fé voltada para a cura deste anjinho inocente.
    Desde já sou grata.
    Ivete

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  3. Oi, Marlon!
    Mais uma vez, maravilhoso teu texto, abordando exemplos de situações que facilitam o entendimento do que queres transmitir. Concordo com tudo, exceto a parte que diz "Uma vez requisitada a tua presença,ajuda ou opinião,..., desde que dentro daquela condição que não tire tua vida da rota normal..." pois não consigo imaginar uma situação de estar presente ou ajudar doentes/familiares sem que isso não tire a vida da rota normal de quem esteja ajudando. (Imagino tempo gasto,energia pensando a respeito,...) Podes explicar melhor o que queres dizer com rota normal da vida?

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  4. Oi Amiga Elieti!! Tudo bem? OLha, eu quiz dizer que toda aquela pessoa que ajuda deve estar em condição de ajudar, afinal, a ajuda só pode ser bem dada quando aquele que dá está bem. Veja o caso de uma amiga minha que para cuidar da mãe doente largou o emprego, pois suas irmãs moravam em outro Estado. Assim, acabaram passando por muitos problemas financeiros. Minha amiga teve a vida arruinada, ela e sua mãe passaram por um monte de privações e depois que a tal senhora desencarnou minha amiga ficou desempregada e desamparada. Parece que ao invés de resolver o problema ela acabou criando outro.
    De outro lado eu também concordo com o que dizes, no entanto, eu sou obrigado a escrever aquilo que é, e não aquilo que eu penso que seja como eu quero. Não é fácil concordar com essa parte do texto, mas minha orientação tem que visar a solução do problema sem fazer o uso da emoção que, nesse caso, pode ser fatal e agravar ainda mais o problema. Bjs

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  5. Marlon, obrigada pela informaçao adicional.No exemplo que deste, se as irmãs não se propusessem a ajudar ela deveria deixar de cuidar da mãe? Sei que quem tem melhores condições financeiras poderia contratar alguém para cuidar a maior parte do tempo (quando estivesse trabalhando, por exemplo) mas sabemos que a realidade da maioria das pessoas não permite isso...
    Também sei que é esperar demais que tenhas todas as respostas para tudo, sempre. Um abraço. Elieti.

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  6. Querido amigo!
    Gostei do texto, mas tbm, como nossa amiga Elieti, pensei da mesma forma. Concordo, quando vc diz, que tem que usar a razão. É um tanto complicado sabermos ao certo como agir, nessa hora entra aquilo que vc já havia falado, temos que ser justos. Observo famílias envolvidas com pacientes que não fazem questão de mudar nada da sua rotina. Pela pouca experiência que tenho, não da certo. Ás vezes, na ânsia de ajudar um ente querido, podemos nos afundar, porém, quando lutamos por uma causa divina, temos menas chance de errar.
    Um grande abraço

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  7. Marlon, eu de novo...!
    Quero dar o meu testemunho sobre esse texto. Numa fase de minha vida estive em coma, não desencarnei pq não era minha hora ou pq Deus tem seus planos pra mim. Sei que meus pais mudaram todo seu ritmo de vida em função dos cuidados comigo. Se sacrificaram e,certamente, sacrificaram outras pessoas, mas no momento fizeram o que era justo ou...certo. Pois bem, caso eles não agissem como agiram, será que hoje eu estaria aqui cumprindo minha missão e outras mais que devo cumprir?
    Dou o meu testemunho pq vejo com bastante frequência pessoas(familiares) deixando de ajudar, de ser solidários com seus semelhantes. Não defendo, em hipótese alguma, a ideia de ver o paciente como "coitadinho", NÃO. Mas que não podemos e não devemos abandoná-lo.
    Desejo uma maravilhosa semana!

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  8. OI amigas! Jamais me cansaria de usar meu tempo para dar informação!
    Bem, no caso de vc Marisa, seus pais fizeram aquilo que estava dentro de suas condições, embora com sacrifícios e desprendimentos. Mas fizerma com condição de fazer. No entanto, Elieti, é como o caso daqueles que ficam albergados numa ilha, o pai velho e fraco e o filho novo e forte. Ambos sobem em um pequeno barco a remo para tentarem chegar a praia que fica há dias de distância da ilha. Comida só tem três bananas. Faltando dois dias para chegarem na praia está o velho com fome e o filho dele, que é o único que tem condição de remar, também com muita fome. O que fazer? Quem come as bananas? Se dividir a tal comida, nem para um nem para outro adianta; se o velho comer sozinho, ambos morrem pq o rapaz não vai dar conta de remar; se o rapaz comer e deixar o velho com fome, ao menos as chances de se salvarem aumenta. É isso. Deixar o emprego, só ajuda a piorar, naquele caso, amiga Elieti. Abraços

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  9. MARLON!!
    GOSTARIA DE TE AGRADECER POR ESTAR AO SEU LADO E DO DR RICARDO AO SABADO DIA 16/10/2010!!!! HJ ENTENDI PORQUE RECEBI PARABÉNS NO SABADO EM CACHOEIRA DO SUL, HJ ESTOU MUITO FELIZ POIS NAO SENTI DOR E TMB NAO SENTIREI MAIS, POIS A PEDRA QUE ESTAVA EM MEU RIM HAVIA SE DESLOKADO PARA A BEXIGA E HJ DE MANHA SAIU ,DIA 18/10/2010 .
    SEM SENTIR NENHUMA DOR ALIAS ATE AGORA NAO ESTOU EUFORICO DE TANTA ALEGRIA, QUE A QUELA PEDRA SAIU PELO CANAL SEM DOR !!!TE AGRADEÇO E ESTAREI AI DE NOVO NO DIA 12/11/2010.
    CONTINUE SEMPRE SENDO ESSA PESSOA MARAVILHOSA QUE ÈS, LEVANDO PAZ AMOR LUZ,A TANTAS PESSOAS!!!
    PARABÈNS PELO SEU LINDO TRABALHO !!SUAS PALESTRAS SÁO FANTASTICAS!!!
    FORTE ABRAÇO!!

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  10. Nobre Marlon, boa tarde.
    Em meio a atualidade maquiavélica que estamos, ainda existem alguns gracians, onde a prudência ainda prioriza as atitudes.
    Em plena abertura da noite de estudos, a palestrante, além de outros pedidos normais, roga que : uma irmã sozinha, muito perseguida, tenha um bom desempenho em sua corrida ... e assim vai.
    Estando atento, de uma feita, ouvi uma irmã, muito conhecida sua, um tanto desprezada no grupo de estudos, dizer aos sussurros, a mesma pessoa que sua presença seria antes ou pós eleição, como vi o ato de pouco caso, me senti mais prudente no trato, pois havia percebido a pouca atenção ao fato, o que ocorreu bem antes da oração, antes referida.O nosso amigo em comum , o Baltazar, me disse que seria inútil pedi ajuda a mesma pessoa e logo veio a ORAÇÃO. Teríamos votos desfeitos e o clima estaria mais difícil. Portanto a prudência continua na prôa.
    Abraços e que O Mestre não te deixe faltar a luz, mas se precisar de mais, use a minha, que é de candieiro, mas serve nas pequenas trilhas.
    CAVALLANTTI

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  11. OI Marlon!
    Aqui é a Daiane, mãe do Enzo Miguel. Gostei muito do texto... A esperança sempre tenho, pois acredito na cura do Enzo e queremos muito que ele fique entre nós. Estamos novamente no hospital de Clínicas em POA, pois os tumores voltaram a crescer. Peço que vc reze por ele e pela sua cura... Obrigada!

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  12. Obrigada querido amigo pelas explicações.

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