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terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Família e o Espiritismo

  A vida familiar deve merecer a mais ampla atenção de todo homem integrado na unidade social denominada família. Esta palavra – família – pode ser compreendida num sentido mais restrito, em que se consideram apenas os familiares consangüíneos, como num sentido mais amplo, em que se levam em conta também os grupamentos de Espíritos afins, quer intelectualmente, quer moralmente.
  A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se ideias, transformam-se mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes.
  A família é, pois, o mais prodigioso educandário do progresso humano. Sua importância não se mede apenas como uma fonte geratriz de seres racionais, mas como oficina de onde se projetam os homens de bem, os sábios, os benfeitores em geral.
  A família é mais do que um resultante genético. São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas, as árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.

O corpo procede do corpo, mas a alma não procede da alma

  Quando a família periclita, por essa ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um passo do malogro. A vida em família, para que atinja suas finalidades maiores, deve ser vivenciada dentro dos padrões de moralidade, compreensão e solidariedade, porque sua finalidade precípua consiste em estreitar os laços sociais, ensejando-nos o melhor modo de aprendermos a amar-nos como irmãos. Por isso, a vida em família é, talvez, de todas as associações, a mais importante em virtude da sua função educadora e regenerativa.
6. Existem duas espécies de família e, em consequência, duas categorias de laços de parentesco: as que procedem da consanguinidade e as que procedem das ligações espirituais.
  Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existia antes da formação do corpo que o serve. Não é o pai que cria o Espírito de seu filho. Ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, porém, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
  Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena.

As famílias espirituais são duráveis e se perpetuam

  Pode, contudo, acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros os Espíritos que se encarnam numa mesma família, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores que se traduzem, na vida terrena, por mútuo antagonismo, que lhes serve de provação.
  É fácil entender que não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família, mas sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.
  As famílias unidas por laços espirituais são duráveis, fortalecem-se pela purificação dos Espíritos, e se perpetuam no mundo espiritual, através das várias migrações da alma.
  As famílias unidas apenas por laços corporais são frágeis como a matéria, extinguem-se com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na atual existência.
por Marlon Santos 
de O Consolador

Um comentário:

  1. obrigada por mais esse artigo, de grande importância em minha familia a qual temos certeza tem uma formação espiritual com a vinda de nosso filho e somos muito felizes e agradecidos a Deus, li para ele o artigo pois assim pode entender o amor e a união que há entre nós. obrigada por tudo e pelo bem que nos faz.

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