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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Morfologia do Espírito

 A que diretrizes obedecem as entidades desencarnadas para se apresentarem morfologicamente?


  As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social a que se integram, são comumente aquelas que trouxeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados.

A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica, porquanto, fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem.



Nota do autor Espiritual - Devemos esclarecer que essas ocorrências para efeito de responsabilidade cármica e identificação pessoal respeitam, via de regra, a ficha individual da existência última vivida pela personalidade na Terra, situação que perdura até novo estágio evolutivo que se processa, seja na reencarnação, seja na promoção a mais alto nível de sublimação e serviço.



Ainda assim, releva observar que se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém a personalidade desencarnada, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens. E, nos planos relativamente superiores, sofre processos de metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme as suas disposições íntimas.

Se a alma desenleada do envoltório físico foi transferida para a moradia espiritual, em adiantada senectude, gastará algum tempo para desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, se deseja remoçar o próprio aspecto, e, na hipótese de haver partido da Terra, na juventude primeira, deverá igualmente esperar que o tempo a auxilie, caso se proponha a obtenção de traços da madureza.

Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos, aliás, em maioria esmagadora, que ainda não dispõem de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de progresso, mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação. Em alto nível, a Inteligência opera em minutos certas alterações que as entidades de cultura mediana gastam, por vezes, alguns anos a efetuar.

Temos também nas sociedades respeitáveis da Espiritualidade aqueles companheiros que, depois de estágios depurativos, se elevam até elas, por intercessões afetivas ou merecimentos próprios, carregando, porém, consigo, determinadas marcas deprimentes, como sejam mutilações que os desfiguram, inibições ou moléstias que se denunciam na psicosfera que os envolve, ou distintivos outros menos dignos, como remanescentes de circuitos mentais dos remorsos que padeceram, a se lhes concentrarem, desequilibrados, sobre certas zonas do corpo espiritual, mas, em todos esses casos, as entidades em lide ali se encontram, habitualmente, por períodos limitados de reeducação e refazimento, para regressarem, a tempo breve, no rumo das sendas de saneamento e resgate nas reencarnações redentoras.
por Marlon Santos
de CVDEE

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Evolução dos Espíritos

No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que se purificam. Com relação ao estado em que se acham, podem ser: encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, sem corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é, perfeitos não precisando mais de encarnação.
Na erraticidade, os Espíritos estudam e procuram meios de elevar-se. Vêem, observam o que ocorre nos lugares aonde vão; ouvem os discursos dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais elevados e tudo isso lhes incute ideias que antes não tinham.
O Espírito progride e pode melhorar-se muito, tais sejam a vontade e o desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal é que põe em prática as ideias que adquiriu.
A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também, não raro, constitui provação ou expiação para os pais.
Síntese do Assunto:
Separado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes, reencarna depois de intervalos mais ou menos longos. Esses intervalos podem durar de algumas horas a alguns milhares de séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado. Podem prolongar-se por muito tempo, mas nunca são perpétuos. Nesses intervalos, fica no estado de Espírito errante, estado em que espera nova reencarnação, aspirando a novo destino.
O fato de estar desencarnado, porém, não coloca o Espírito, obrigatoriamente, na condição de errante. Errante só o é o que necessita de nova encarnação para melhorar-se. O Espírito que não precisa mais encarnar já está no estado de Espírito puro. Assim, quanto ao estado em que se encontrem, os Espíritos podem ser: 1) encarnados, que estão ligados a um corpo físico; 2) errantes, que estão aguardando nova encarnação; e, 3) puros, que estão desligados da matéria e sem necessidade de nova encarnação, já que chegaram à perfeição.
Convém destacar que o estado de erraticidade não é, por si só, sinal de inferioridade dos Espíritos, uma vez que há Espíritos errantes de todos os graus. A reencarnação é um estado transitório, já que o estado normal é quando está liberto da matéria.
Nesse estado de erraticidade, os espíritos não ficam inertes: estudam, observam, buscam informações que lhes enriqueçam o conhecimento das coisas, procurando o melhor meio de se elevarem. Como observa Léon Denis: “O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos”.
Assim, na condição de errante, o Espírito pode melhorar-se muito, conquistando novos conhecimentos, dependendo isso, naturalmente, de sua maior ou menor vontade. Todavia, será na condição de espírito encarnado que terá oportunidade de colocar em pratica as idéias quem adquiriu e realizar, efetivamente, o progresso que está buscando.
Gabriel Delanne nos lembra: “Os Espíritos são os próprios construtores do seu futuro conforme o ensino do Cristo: A cada um segundo as suas obras. Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos”.
A vida normal do Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se numa das terras que povoam o infinito; esta é necessária ao seu duplo progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual pela atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos outros. A vida social é a pedra de toque das boas ou das más qualidades.
Como explicar, entretanto, a situação da criança cuja vida material se interrompe? E por que esse fato ocorre?
Tal acontece com o de um adulto, o Espírito de uma criança que morre em tenra idade volta ao mundo dos Espíritos. E, às vezes, é bem mais adiantado e bem mais experiente que o de um adulto, já que pode ter progredido em encarnações passadas.
A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.
O Espírito cuja existência se interrompeu no período da infância recomeça uma nova existência. Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, da que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade? Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a igualdade é real para todos.
Com a experiência vivida pelo Espírito da criança, os seus pais são também provados em sua compreensão para com a vida ou, então, resgatam débitos que assumiram no passado.
Compreendemos, assim que “O Universo inteiro evolui. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.
por Marlon Santos
 de O Mensageiro

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

As Vestes dos Espíritos

Muitos Espíritos utilizam como vestimenta uma simples túnica 

1. Os depoimentos dos médiuns videntes são concordantes no fato de que os Espíritos são geralmente vistos envergando uma vestimenta qualquer. Em alguns casos, os trajes dos Espíritos apresentam grande riqueza de detalhes, feitios variados e coloridos surpreendentes.  
2. Alguns se apresentam trajados com roupas de época ou vestimentas típicas, com adornos característicos de algum período histórico. Os videntes têm registrado, a respeito desse fato, os mais variados tipos de roupas, que lembram desde os tecidos leves, esvoaçantes, rendados, até os pesados ou grosseiros. Túnicas de cores diversificadas, calças, camisas, paletós, coletes, gravatas, saias curtas ou compridas, blusas, casacos, uniformes, indumentárias ricas, modernas e antigas, roupas modestas, pobres e mesmo andrajosas ou esfarrapadas – eis o que os médiuns têm referido sobre o assunto.  
3. Algumas vestimentas descritas pelos videntes primam pelo estampado de cores vivas, como se dá com os Espíritos que se apresentam sob a aparência de ciganos, os quais exibem, ainda, colares, brincos bem grandes e pulseiras. Outros se apresentam fardados, ostentando armaduras, capacetes e até mesmo armas, enquanto há os que ocultam a cabeça com um capuz.  
4. Entre os trajes observados, verifica-se, porém, que o mais comum é a túnica. Tal é o caso de Espíritos plenamente espiritualizados, como Adolfo Bezerra de Menezes e Bittencourt Sampaio, que Yvonne A. Pereira já viu envergando longa túnica vaporosa, nívea, cintilante, levemente esbatida de azul, como a notável médium descreve em seu livro Devassando o Invisível, pp. 51 a 55.  
Há Espíritos que são observados inteiramente despidos 
5. Como Yvonne Pereira relata na citada obra, os Espíritos se mostram, com freqüência, trajados como o faziam quando encarnados. Os que foram homens apresentam-se com o terno costumeiro; as mulheres se exibem com os vestidos de uso habitual. Poucos se mostram com roupa semelhante à que usavam quando do sepultamento de seu corpo físico.   
6. Alguns Espíritos – acrescenta Yvonne – podem ser observados inteiramente despidos. É o que ocorre com aqueles que foram homens e mulheres de baixa condição moral que se arrastaram em existências consagradas aos excessos carnais e à devassidão dos costumes, e que, por isso, podem aparecer desnudos diante dos médiuns videntes, revelando até mesmo, em cenas deprimentes – que lhes foram habituais no estado de encarnados – a degradação mental em que ainda permanecem.  
7. Uma questão que se impõe, no assunto em foco, é saber onde os Espíritos conseguem suas roupas e complementos. Kardec trata do tema em duas obras – O Livro dos Médiuns e A Gênese –, em que explica que os Espíritos manipulam os fluidos espirituais por meio do pensamento e da vontade. Com a ação do pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção e os aglomeram, combinam ou dispersam, organizando conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas.  
8. Os fluidos espirituais são, por conseguinte, o elemento do mundo espiritual, de que extraem substâncias para os mais diversos fins. É com o auxílio desse princípio material que o perispírito reveste-se de vestuários semelhantes aos que o Espírito usava quando encarnado.  
A veste fluídica indica a superioridade do Espírito 
9. Há Espíritos, contudo, que se percebem vestidos e não têm a menor idéia de como isto se dá, ou seja, eles nem sempre têm conhecimento de como suas vestes são formadas. Concorrem, assim, para a sua formação agindo instintivamente. Yvonne A. Pereira dá, a propósito disso, um depoimento interessante em seu livro Devassando o Invisível, em que descreve o caso Joaquim Pires, que se apresentou à sua visão trajando uma roupa em que havia terra, ou melhor, impressões da porção de terra em que fora sepultado. Joaquim Pires fora suicida na última existência. 
10. Como regra, os Espíritos se trajam e modificam a aparência das vestes que usam conforme lhes apraz, exclusão feita de alguns muito inferiores, como os criminosos e os obsessores de ínfima condição moral, cuja mente não possui vibrações à altura de efetuar a operação plástica requerida. Eis por que a aparência destes últimos costuma ser chocante para o vidente, pela fealdade ou simplesmente pela pobreza das formas, visto que se apresentam cobertos de andrajos e farrapos, como que empapados de lama ou embuçados em longos sudários negros, com mantos ou capas a envolver-lhes os ombros e a cabeça. 
11. Ensina Léon Denis no seu livro Depois da Morte que a veste fluídica denuncia a superioridade ou a inferioridade do Espírito. É como um invólucro formado pelos seus méritos e pelas qualidades adquiridas na sucessão de suas existências.  
12. Opaca e sombria na alma inferior, seu alvor aumenta de acordo com os progressos realizados, tornando-se cada vez mais pura. Brilhante no Espírito elevado, ela chega, nas almas superiores, a ofuscar os outros Espíritos. 
Marlon Santos
por O Consolador