A que diretrizes obedecem as entidades desencarnadas para se apresentarem morfologicamente?
As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social
a que se integram, são comumente aquelas que trouxeram do mundo, a
evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez
que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados.
A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante,
notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os
distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida
íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais
acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a
desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina
que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação
necessária ou a tarefa específica, porquanto, fora do arcabouço físico, a
mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de
controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem.
Nota do autor Espiritual - Devemos esclarecer que essas ocorrências para efeito de responsabilidade cármica e identificação pessoal respeitam, via de regra, a ficha individual da existência última
vivida pela personalidade na Terra, situação que perdura até novo estágio evolutivo que se processa, seja na reencarnação, seja na promoção a mais alto nível de sublimação e serviço.
Ainda assim, releva observar que se o progresso mental não é
positivamente acentuado, mantém a personalidade desencarnada, nos planos
inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre
os homens. E, nos planos relativamente superiores, sofre processos de
metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme as suas disposições
íntimas.
Se a alma desenleada do envoltório físico foi transferida para a moradia
espiritual, em adiantada senectude, gastará algum tempo para
desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, se deseja remoçar o
próprio aspecto, e, na hipótese de haver partido da Terra, na juventude
primeira, deverá igualmente esperar que o tempo a auxilie, caso se
proponha a obtenção de traços da madureza.
Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos,
aliás, em maioria esmagadora, que ainda não dispõem de bastante
aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes
descortine o degrau de progresso, mais amplo se lhes revela o poder
plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de
manifestação. Em alto nível, a Inteligência opera em minutos certas
alterações que as entidades de cultura mediana gastam, por vezes, alguns
anos a efetuar.
Temos também nas sociedades respeitáveis da Espiritualidade aqueles
companheiros que, depois de estágios depurativos, se elevam até elas,
por intercessões afetivas ou merecimentos próprios, carregando, porém,
consigo, determinadas marcas deprimentes, como sejam mutilações que os
desfiguram, inibições ou moléstias que se denunciam na psicosfera que os
envolve, ou distintivos outros menos dignos, como remanescentes de
circuitos mentais dos remorsos que padeceram, a se lhes concentrarem,
desequilibrados, sobre certas zonas do corpo espiritual, mas, em todos
esses casos, as entidades em lide ali se encontram, habitualmente, por
períodos limitados de reeducação e refazimento, para regressarem, a
tempo breve, no rumo das sendas de saneamento e resgate nas
reencarnações redentoras.
por Marlon Santos
de CVDEE
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
A Evolução dos Espíritos
No tocante às
qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou
graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que se
purificam. Com relação ao estado em que se acham, podem ser:
encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, sem
corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem;
Espíritos puros, isto é, perfeitos não precisando mais de
encarnação.
Na erraticidade,
os Espíritos estudam e procuram meios de elevar-se. Vêem,
observam o que ocorre nos lugares aonde vão; ouvem os discursos
dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais elevados e
tudo isso lhes incute ideias que antes não tinham.
O Espírito
progride e pode melhorar-se muito, tais sejam a vontade e o
desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal
é que põe em prática as ideias que adquiriu.
A curta duração da
vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava,
o complemento de existência precedentemente interrompida antes
do momento em que devera terminar, e sua morte, também, não
raro, constitui provação ou expiação para os pais.
Síntese do
Assunto:
Separado do corpo
físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes,
reencarna depois de intervalos mais ou menos longos. Esses
intervalos podem durar de algumas horas a alguns milhares de
séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado. Podem
prolongar-se por muito tempo, mas nunca são perpétuos. Nesses
intervalos, fica no estado de Espírito errante, estado em que
espera nova reencarnação, aspirando a novo destino.
O fato de estar
desencarnado, porém, não coloca o Espírito, obrigatoriamente, na
condição de errante. Errante só o é o que necessita de nova
encarnação para melhorar-se. O Espírito que não precisa mais
encarnar já está no estado de Espírito puro. Assim, quanto ao
estado em que se encontrem, os Espíritos podem ser: 1)
encarnados, que estão ligados a um corpo físico; 2) errantes,
que estão aguardando nova encarnação; e, 3) puros, que estão
desligados da matéria e sem necessidade de nova encarnação, já
que chegaram à perfeição.
Convém destacar
que o estado de erraticidade não é, por si só, sinal de
inferioridade dos Espíritos, uma vez que há Espíritos errantes
de todos os graus. A reencarnação é um estado transitório, já
que o estado normal é quando está liberto da matéria.
Nesse estado de
erraticidade, os espíritos não ficam inertes: estudam, observam,
buscam informações que lhes enriqueçam o conhecimento das
coisas, procurando o melhor meio de se elevarem. Como observa
Léon Denis: “O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo
faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à
contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do
espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos”.
Assim, na condição
de errante, o Espírito pode melhorar-se muito, conquistando
novos conhecimentos, dependendo isso, naturalmente, de sua maior
ou menor vontade. Todavia, será na condição de espírito
encarnado que terá oportunidade de colocar em pratica as idéias
quem adquiriu e realizar, efetivamente, o progresso que está
buscando.
Gabriel Delanne
nos lembra: “Os Espíritos são os próprios construtores do seu
futuro conforme o ensino do Cristo: A cada um segundo as suas
obras. Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente
de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se
adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que
ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos”.
A vida normal do
Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se numa das
terras que povoam o infinito; esta é necessária ao seu duplo
progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual pela
atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao
progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos
outros. A vida social é a pedra de toque das boas ou das más
qualidades.
Como explicar,
entretanto, a situação da criança cuja vida material se
interrompe? E por que esse fato ocorre?
Tal acontece com o
de um adulto, o Espírito de uma criança que morre em tenra idade
volta ao mundo dos Espíritos. E, às vezes, é bem mais adiantado
e bem mais experiente que o de um adulto, já que pode ter
progredido em encarnações passadas.
A curta duração da
vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava,
o complemento de existência precedentemente interrompida antes
do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro,
constitui provação ou expiação para os pais.
O Espírito cuja
existência se interrompeu no período da infância recomeça uma
nova existência. Se uma única existência tivesse o homem e se,
extinguindo-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a
eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, da
que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade
eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às
vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade?
Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus.
Com a reencarnação, a igualdade é real para todos.
Com a experiência
vivida pelo Espírito da criança, os seus pais são também
provados em sua compreensão para com a vida ou, então, resgatam
débitos que assumiram no passado.
Compreendemos,
assim que “O Universo inteiro evolui. Como os mundos, os
Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado
superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar,
ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor,
expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas
essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra;
e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o
movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a
morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e
sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela
vontade divina.
por Marlon Santos
de O Mensageiro
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
As Vestes dos Espíritos
Muitos Espíritos utilizam como vestimenta uma simples túnica
1. Os depoimentos
dos médiuns videntes
são concordantes no
fato de que os
Espíritos são
geralmente vistos
envergando uma
vestimenta qualquer.
Em alguns casos, os
trajes dos Espíritos
apresentam grande
riqueza de detalhes,
feitios variados e
coloridos
surpreendentes.
2. Alguns se
apresentam trajados
com roupas de época
ou vestimentas
típicas, com adornos
característicos de
algum período
histórico. Os
videntes têm
registrado, a
respeito desse fato,
os mais variados
tipos de roupas, que
lembram desde os
tecidos leves,
esvoaçantes,
rendados, até os
pesados ou
grosseiros. Túnicas
de cores
diversificadas,
calças, camisas,
paletós, coletes,
gravatas, saias
curtas ou compridas,
blusas, casacos,
uniformes,
indumentárias ricas,
modernas e antigas,
roupas modestas,
pobres e mesmo
andrajosas ou
esfarrapadas – eis o
que os médiuns têm
referido sobre o
assunto.
3. Algumas
vestimentas
descritas pelos
videntes primam pelo
estampado de cores
vivas, como se dá
com os Espíritos que
se apresentam sob a
aparência de
ciganos, os quais
exibem, ainda,
colares, brincos bem
grandes e pulseiras.
Outros se apresentam
fardados, ostentando
armaduras, capacetes
e até mesmo armas,
enquanto há os que
ocultam a cabeça com
um capuz.
4. Entre os trajes
observados,
verifica-se, porém,
que o mais comum é a
túnica. Tal é o caso
de Espíritos
plenamente
espiritualizados,
como Adolfo Bezerra
de Menezes e
Bittencourt Sampaio,
que Yvonne A.
Pereira já viu
envergando longa
túnica vaporosa,
nívea, cintilante,
levemente esbatida
de azul, como a
notável médium
descreve em seu
livro Devassando
o Invisível, pp.
51 a 55.
Há Espíritos que são
observados
inteiramente
despidos
5. Como Yvonne
Pereira relata na
citada obra, os
Espíritos se
mostram, com
freqüência, trajados
como o faziam quando
encarnados. Os que
foram homens
apresentam-se com o
terno costumeiro; as
mulheres se exibem
com os vestidos de
uso habitual. Poucos
se mostram com roupa
semelhante à que
usavam quando do
sepultamento de seu
corpo físico.
6. Alguns Espíritos
– acrescenta Yvonne
– podem ser
observados
inteiramente
despidos. É o que
ocorre com aqueles
que foram homens e
mulheres de baixa
condição moral que
se arrastaram em
existências
consagradas aos
excessos carnais e à
devassidão dos
costumes, e que, por
isso, podem aparecer
desnudos diante dos
médiuns videntes,
revelando até mesmo,
em cenas deprimentes
– que lhes foram
habituais no estado
de encarnados – a
degradação mental em
que ainda
permanecem.
7. Uma questão que
se impõe, no assunto
em foco, é saber
onde os Espíritos
conseguem suas
roupas e
complementos. Kardec
trata do tema em
duas obras – O
Livro dos Médiuns
e A Gênese –,
em que explica que
os Espíritos
manipulam os fluidos
espirituais por meio
do pensamento e da
vontade. Com a ação
do pensamento, eles
imprimem àqueles
fluidos tal ou qual
direção e os
aglomeram, combinam
ou dispersam,
organizando
conjuntos que
apresentam uma
aparência, uma
forma, uma coloração
determinadas.
8. Os fluidos
espirituais são, por
conseguinte, o
elemento do mundo
espiritual, de que
extraem substâncias
para os mais
diversos fins. É com
o auxílio desse
princípio material
que o perispírito
reveste-se de
vestuários
semelhantes aos que
o Espírito usava
quando encarnado.
A veste fluídica
indica a
superioridade do
Espírito
9. Há Espíritos,
contudo, que se
percebem vestidos e
não têm a menor
idéia de como isto
se dá, ou seja, eles
nem sempre têm
conhecimento de como
suas vestes são
formadas. Concorrem,
assim, para a sua
formação agindo
instintivamente.
Yvonne A. Pereira
dá, a propósito
disso, um depoimento
interessante em seu
livro Devassando
o Invisível,
em que descreve o
caso Joaquim Pires,
que se apresentou à
sua visão trajando
uma roupa em que
havia terra, ou
melhor, impressões
da porção de terra
em que fora
sepultado. Joaquim
Pires fora suicida
na última
existência.
10. Como regra, os
Espíritos se trajam
e modificam a
aparência das vestes
que usam conforme
lhes apraz, exclusão
feita de alguns
muito inferiores,
como os criminosos e
os obsessores de
ínfima condição
moral, cuja mente
não possui vibrações
à altura de efetuar
a operação plástica
requerida. Eis por
que a aparência
destes últimos
costuma ser chocante
para o vidente, pela
fealdade ou
simplesmente pela
pobreza das formas,
visto que se
apresentam cobertos
de andrajos e
farrapos, como que
empapados de lama ou
embuçados em longos
sudários negros, com
mantos ou capas a
envolver-lhes os
ombros e a cabeça.
11. Ensina Léon
Denis no seu livro
Depois da Morte
que a veste fluídica
denuncia a
superioridade ou a
inferioridade do
Espírito. É como um
invólucro formado
pelos seus méritos e
pelas qualidades
adquiridas na
sucessão de suas
existências.
12. Opaca e sombria
na alma inferior,
seu alvor aumenta de
acordo com os
progressos
realizados,
tornando-se cada vez
mais pura. Brilhante
no Espírito elevado,
ela chega, nas almas
superiores, a
ofuscar os outros
Espíritos.
Marlon Santos
por O Consolador
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