A maioria dos espíritas têm como oficial a data dos primeiros acontecimentos mediúnicos-espirituais 31 de Março de 1848. No entanto, em Londres, nos idos de 1744 um suéco chamado Emmanuel Swedenborg já era conhecido como o pai do novo conhecimento. Vidente e clarividente, não fazia suposições hipotéticas sobre esse ou aquele assunto, mas sim, das reais visões que tinha sobre o mundo dos espíritos e suas peculiaridades. Swedenborg era engenheiro de mina, especialista em metalurgia, engenheiro militar no reinado de Carlos XXII, da Suécia. Autoridade em física e em astronomia e grande leitor da Bíblia.
Foi médium clarividente infalível e dotado da capacidade de emitir ao vivo e em cores uma grande quantidade de ectoplasma (energia condensada que sai do médium pelos poros, boca ou nariz e serve para dar forma aos espíritos que estão por perto)-assunto que analizaremos oportunamente. Já naqueles tempos afirmava que a alma deixa o corpo e vai buscar uma informação a distância, voltando essa com notícias do que se passa alhures.
Relatava ele suas visões de maneira que as pessoas que o asistiam podiam escrever os fatos com credulidade e senso de certeza. Numa das visões que teve sobre o destino pós morte dos casais, diz: "Dois amantes verdadeiros não são separados pela morte, de vez que o Espírito do morto habita com o do sobrevivente, até a morte deste último, quando se encontram e se unem, amando-se mais ternamente do que antes".
Certa vez falou da morte do amigo Polhem: "Ele morreu na segunada e falou comigo na quinta. Eu tinha sido convidado para o enterro. Ele viu o coche fúnebre e presenciou quando o féretro baixou a sepultura. Entretanto, conversando comigo, perguntou porque o haviam enterrado, se estava vivo. Quando o sacerdote disse que ele se ergueria no Dia do Juízo, perguntou por que isso, se ele já estava de pé. Admirou-se de uma tal coisa, ao considerar que, mesmo agora, estava vivo".
As visões de Swedenborg já davam conta que este mundo é um tipo de laboratório de almas, um campo de experiências, no qual o material refina o espiritual.
Foi investigado por seu contemporâneo, o filósofo Kant, quando viu, a trezentas milhas de distância, o grande e histórico incêndio de Estocolmo.
Entre as visões surgiam as afirmações: Não há penas eternas; todas as crianças são recebidas igualmente no outro mundo, sendo ou não batizadas; de modo algum mudamos com a morte, o homem sob todos os pontos de vista, mesmo após a morte é um homem., conquanto mais perfeito que quando matéria. Isso tudo em 1700 e tantos...
Fotos do médium Peixotinho, em transe produzindo ectoplasma, ao lado de Chico Xavier e com um espírito que se materializa com o componente ectoplamático.
Marlon Santos
Muito legal os assuntos pulbicados no teu BOLG, interessante e dinâmico, mas tu poderia tbm escrever sobre a tua ligação com a música e a tua trajetória e história, com banda, cantar, fazer musicas etc, planos enfim...
ResponderExcluirValeu!
Todas as crianças eram recebidas igualmente, fossem ou não batizadas. Cresciam no outro mundo; jovens lhe serviam de mães, até que chegassem as mães verdadeiras. Não havia penas eternas. Os que se achavam nos infernos podiam trabalhar para sua saída, desde que sentissem vontade. Os que se achavam no céu não tinham lugar permanente: trabalhavam por uma posição mais elevada. Havia o casamento sob a forma de união espiritual no mundo próximo, onde um homem e uma mulher constituíam uma unidade completa (é de notar-se que Swendenborg jamais se casou). Não existiam detalhes insignificantes para sua observação no mundo espiritual. Fala de arquitetura, de artesanato, das flores, dos frutos, dos bordados, da arte, da música, da leitura, da ciência, das escolas, dos museus, das academias, das bibliotecas e dos esportes. Tudo isso pode chocar as inteligências convencionais, conquanto se possa perguntar por que toleramos coroas e tronos e negamos outras coisas menos materiais.
ResponderExcluir"Dois amantes verdadeiros não são separados pela morte... e quando se encontram e se unem, amam-se mais ternamente do que antes".
ResponderExcluirO que você escreve sobre amantes verdadeiros é muito lindo e profundo (fica-se pensando...), assim como a imagem escolhida (de grande sensibilidade). Acredito que onde haja reciprocidade de puros sentimentos, de carinho e atenção, só podem se gerar indeléveis uniões.
Quanto mais sabemos o que poderemos ser, mais aproveitamos o que já somos!
ResponderExcluirQue lindo!
Que bom saber que tudo o que julgávamos saber, realmente é o que será... vida eterna!
E estarmos perto de nossos amores!
Obrigada Marlon, pelos ensinamentos!