Por que não temos lembranças de outras vidas?

Ao longo da existência da alma e dentro do quadro de suas experiências ela adquire propensões. Essas almas aqui encarnadas tendem às condutas perniciosas em razão das tais propensões que normalmente levam as pessoas ao prejuízo reencarnatório, por que, nesse sentido, os hábitos e os costumes são mais fortes e mais marcantes.
O esquecimento é um tipo de trava que resguarda a integridade da personalidade humana, quando mantém suprimida toda a gama de conhecimentos funestos ou desgraçados. Leia Auto estima.
Várias razões surgem para atestar esse fenômeno. Uma delas é o drama do arrependimento baseado na consciência do indivíduo quando ele reconhece ser a causa de um dilema e quando esse dilema lhe comprime o moral, de modo que, em muitos casos, seria impossível tirar a mente do estado de choque e depressão se não lhe fosse conferida a condição do 'esquecimento'.
Outro grande fator responsável por essa faculdade são os beligerantes costumes que temos. A raiva e os seus associados são as fontes que mais necessário torna o esquecimento das outras passagens, pois as mentes agressivas e mais terríveis invalidariam a passagem terrena do ser.
Desse modo se passa a entender que, inclusive o intelecto de uma pessoa com características perigosas, concorre para vir a este mundo com deficiências que o impossibilitem na totalidade de redescobrir as velhos e atormentadores modos e costumes. Veja Quem são nossos pais quem são nossos filhos.
Considere que tudo aquilo que pode ser entendido como fator de limitação serve para despojar a criatura de suas loucuradas e delinquências. O objetivo não é a penalização dela e sim fazer o indivíduo usar novas frentes mentais para alcançar sua evolução.
Portanto, os mecanismos usados para o esquecimento das coisas que envolvem outras passagens não são tão somente os 'sombreamentos' da mente: as limitações mentais, físicas, genéticas e sociais também o são.
Os ânimos que são considerados para o limite desses estados de esquecimentos e privações são, por exemplo, as barreiras aos vícios e as expansões das boas qualidades. Se vê que alguém que tenha privações para caminhar e, para tanto precisa de ajuda, desenvolve o sentimento de humildade ao passo que um grande viciado teria dificuldades para levar a droga a boca. São os limites de que dispõe a espiritualidade para dar conta dos descaminhos de todos os irmãos de modo particularizado e provincial. Leia A farça do combate as drogas no Brasil.
Podemos pensar que é difícil entender isso, é que o nosso maior problema é justamente a falta de conhecimento. Então têm coisas que nos embaraçam e preferimos bani-las de nossas cabeças. Começamos a pensar nelas nos momentos de 'dor' e 'pesar'. Mas se espera que ao menos entenda que a dor e o pesar te levaram, querendo ou não, a procurar esses conhecimentos que para alguns é doidivanas e para outros a tábua da salvação. E é certo que falamos isso para todos, afinal, mais cedo ou mais tarde, todos terão que ter essas compreensões.






Marlon Santos

imagens da web