O maior problema de uma tomada de decisão é sempre a covardia. No detalhe: covardia não tem remédio e não é o uso da razão. A covardia é a acomodação pura e simples, no entanto, ela é antecedida da real falta de necessidade da tomada de decisão, onde dá para convir que aquele que precisa tomar uma decisão, automaticamente deixa de ser covarde.
Apartir daí o problema consiste em tomar a decisão acertada. Vivemos sempre pensando em acertar, em não errar, em fazer aquilo que dá o mínimo de transtorno e possibilite o máximo de êxito. Então a coisa complica.
A possibilidade de acerto nunca está condicionada somente a nossa ação. Ela depende, em parte, da movimentação das outras pessoas, por isso, uma saída exitosa e perfeita é difícil, mas é possível.
Ter consciência dos desatinos e das complicações advindas de uma decisão é parte fundamental no processo, até porque uma decisão pesada só é tomada diante de um problema pesado e difícil. Indelevelmente, ela é sempre pessoal e intransferível. Só você pode tomar.
Coragem é o combustível da empreitada, precedida, é claro, pelo uso irrestrito da razão. Para isso, o que vai definir se a decisão foi acertada ou errada não é a lamentação ou o apelo de um e de outro, nem a opinião ou o parecer de quem não vive o drama. O que vai trazer essa definição a tona é o que norteou a medida e isso não pode ser, nada mais, nada menos, do que o uso do sentimento de justiça. Quer dizer, você tem que fazer o que é justo numa tomada de decisão.
Fazer o que é justo é diferente de fazer o que é certo. Justo não é justo. Certo, do ponto de vista individual, é fazer aquilo que é bom para si. Justo, as vezes é fazer aquilo que é bom para o outro, do ponto de vista moral e racional. No entanto, normalmente, aquilo que é justo, acaba sendo bom para todos os lados, principalmente para ás consciências.
Marlon Santos
Muito bom este texto! Parabéns pela escolha do critério de classificação em decisão acertada ou errada: a motivação; a busca pela justiça!
ResponderExcluirNa dúvida sobre o que é certo fazer, uso o critério de fazer para os outros aquilo que eu gostaria que fizessem para mim. Sempre que consigo pensar antes e ter esta motivação, entendo que estou agindo com correção e justiça.
Elieti