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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Médium Edson de Queiroz

Desde criança, Edson Queiroz manifestava dons mediúnicos, afirmando ser visitado pelo espírito de sua bisavó, o que não o deixava dormir, e brincar com pessoas que apenas ele enxergava. Mais tarde percebia índios e caboclos, confundindo-os com seres vivos.

No primeiro ano na Faculdade de Medicina, teve que dissecar o cadáver de um homem negro. O espírito desse homem não gostou de ter o seu corpo retalhado pelo estudante, e passou a aparecer-lhe à noite, mostrando-lhe os grandes braços e mãos. Assustado com essas visões, Edson procurou auxílio junto a um Centro Espírita, obtendo orientação para o espírito, que desse modo parou de incomodá-lo.

De acordo com o próprio médium, ele jamais desejou se dedicar à Medicina: preparava-se para o Vestibular de Engenharia, quando um médium o procurou para transmitir-lhe uma mensagem do plano espiritual: deveria dedicar-se à área de Saúde. Obediente, Edson desistiu de seu sonho e ingressou no curso de Medicina, especializando-se em Ginecologia.

O trabalho mediúnico com o Dr. Fritz

Muitos anos mais tarde, em 1979, começou a incorporar o espírito do Dr. Fritz, que, como a Arigó, lhe trouxe reconhecimento e fama: com o aumento do afluxo de pacientes no Centro em que atendia, em Recife, a sua equipe ampliou-se até ao número de oitenta pessoas atendendo o trabalho burocrático.

Nesta fase, as formas de tratamento praticadas pelo Dr. Fritz eram diversificadas:

  • alguns pacientes recebiam receitas dos medicamentos que deveriam tomar;
  • outros eram tratados espiritualmente, à distância;
  • uma boa parte era encaminhada ao Departamento de Passes;
  • as cirurgias espirituais eram efetuadas em dias marcados, em grupos de até cem pessoas.

As cirurgias eram efetuadas com grande rapidez, caracterizadas por escasso sangramento, os cortes fechados sem suturas e as pessoas raramente sentiam dor. Por vezes eram utilizadas agulhas, através das quais era desmaterializada qualquer substância estranha no interior do local, muitas vezes rematerializada em seguida, do lado de fora do corpo do paciente. Em outras ocasiões, o material sólido liquefazia-se, escorrendo gota a gota pela agulha. Segundo informado pelo Dr. Fritz, o tratamento com agulhas era utilizado nos pacientes que apresentavam problemas espirituais, obsessivos ou de ordem moral.

Uma das características que mais chamavam a atenção no trabalho com o Dr. Fritz, à semelhança do que acontecera com José Arigó, era a aparente falta de assepsia durante os procedimentos. Edson Queiroz chamava esse fenômeno de "fritzação", que descrevia como a inativação da patogenicidade dos micróbios. A rapidez com que o processo de cicatrização ocorria comprovaria esse processo.

Um último aspecto, além da capacidade de diagnóstico, medicação e cirurgia, era a capacidade que o médium apresentava em transferir para alguém de sua escolha, parte de sua eficiência mediúnica.

Infelizmente, não existem estatísticas em relação ao trabalho mediúnico de Edson Queiroz, que chegava a atender centenas de pessoas por dia na Fundação Espírita Adolph Fritz, em Problemas com a Justiça e o seu assassinato


Em 1983, o Conselho Regional de Medicina do Ceará acusou Cavalvante Queiroz e prática ilegal da Medicina o que resultou na cassação de seu registro profissional. Dois anos depois foi absolvido, no entanto.

Outros processos, pela mesma acusação e por charlatanismo, quase levaram à cassação do seu registro profissional, mas Edson não parou o seu trabalho com os Espíritos. Como Arigó, nada cobrava por sua dedicação e veio a ter morte trágica - assassinado a facadas por seu caseiro, José Ricardo da Silva -, o que acabou reforçando a lenda em torno da entidade e seus médiuns.

Marlon Santos

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