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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Espíritos, flores e velas

“O que pensamos sobre a morte só tem importância na medida
em que a morte nos faz pensar na vida”. (Autor Desconhecido)
O medo é inerente aos Seres humanos e tem funções
importantes na nossa vida constituindo fatores necessários ao
nosso desenvolvimento emocional.
André Luiz classifica o medo como “um dos piores inimigos da
criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças
mais profundas”.
Estudos publicados no informativo Personality and Social
Psychology Review, informam que pensar sobre a morte pode
fazer bem à saúde, pois a consciência sobre a mortalidade pode
melhorar a saúde física e ajudar a priorizar valores e objetivos
promovendo bem estar.
Na Terra, a morte ainda é um fenômeno difícil de ser aceito e,
pois a incerteza do que vem depois dela é que atemoriza,
porém, por mais longa que seja a existência corporal, chegará o
momento em que a energia vital cessa, e o Espírito encarnado
retorna à erraticidade.
Dentre os motivos que podem levar uma pessoa a ter medo da
morte, estão a incredulidade, a pouca fé, crenças que impõe
esse sentimento e apelo a bens materiais.
Quando Jesus disse: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar
seus mortos”, Ele quis mostrar que a vida espiritual é a
verdadeira vida e que o corpo não passa de simples vestimenta
grosseira que temporariamente cobre o Espírito e que o prende
à Terra, do qual se sente feliz em se libertar. (S. Lucas, Cap. IX,
vv. 59 e 60)
A comemoração dos mortos teve origem na antiga Gália, onde
os druidas comemoravam a Festa dos Espíritos, não nos
cemitérios, mas sim, em cada casa, onde evocavam as almas dos
falecidos.
Somente no século X a Igreja Católica instituiu oficialmente o
dia dos mortos em 02 de novembro, porém hoje, esta data
transcendeu o lado religioso, passando para o lado comercial,
quando ocorre grande comercialização de flores e velas e a
preocupação maior com a conservação dos túmulos, que muitas
vezes, ficam o ano inteiro abandonados.
O espírita respeita vários costumes perante a morte, porém,
procura agir sempre em função da realidade espiritual e não das
aparências, pois sabe que os Espíritos são mais sensíveis às
lembranças que às homenagens, que se constituem em alívio
para aqueles que são infelizes.
Nos velórios, o espírita não usa velas ou flores, pois sabe que o
Espírito não precisa dessas exterioridades, entretanto procura
respeitar sua memória com orações e pensamentos carinhosos
em favor de sua paz e amparo no Mundo Espiritual, evitando
que a saudade se converta em motivo de angústia, pois este
sentimento prejudica o desencarnado.
O Espiritismo, não vem impor regras, mas o espírita sabe que é
dispensável ir aos cemitérios porque as vibrações alcançam o
Espírito onde quer que esteja, e no dia de finados atendem ao
apelo do pensamento e da prece como em outro dia qualquer,
por isso, pouco importa o lugar, desde que seja ditada pelo
coração.
A morte precisa ser encarada como parte da vida, por isso,
roguemos a Deus para que os fortaleça nessa hora difícil,
procurando viver de tal maneira que possamos desencarnar a
qualquer instante, sem desequilíbrio, aceitando como um dos
ciclos da vida que se cumpre, pois a morte do corpo físico não
consegue destruir a vida.
A melhor homenagem que se pode prestar a alguém que viaja
para o Mundo Espiritual, é oferecer buquês feitos com nossas
preces, pois aqueles que amamos nunca morrem, apenas
partem antes de nós e é nesse instante que Deus nos dá a
oportunidade para fortalecer a nossa Fé.
Os ventos que às vezes tiram algo que amamos
São os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado
E sim aprender a amar o que nos foi dado
Pois tudo aquilo que é realmente nosso
Nunca se vai para sempre.
por Marlon Santos
de

(ESDE)

CENTRO ESPÍRITA LAR DE JOSÉ
Informativo

MEDITAÇÕES SOBRE A MORTE

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