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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Evolução dos Espíritos

No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que se purificam. Com relação ao estado em que se acham, podem ser: encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, sem corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é, perfeitos não precisando mais de encarnação.
Na erraticidade, os Espíritos estudam e procuram meios de elevar-se. Vêem, observam o que ocorre nos lugares aonde vão; ouvem os discursos dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais elevados e tudo isso lhes incute ideias que antes não tinham.
O Espírito progride e pode melhorar-se muito, tais sejam a vontade e o desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal é que põe em prática as ideias que adquiriu.
A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também, não raro, constitui provação ou expiação para os pais.
Síntese do Assunto:
Separado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes, reencarna depois de intervalos mais ou menos longos. Esses intervalos podem durar de algumas horas a alguns milhares de séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado. Podem prolongar-se por muito tempo, mas nunca são perpétuos. Nesses intervalos, fica no estado de Espírito errante, estado em que espera nova reencarnação, aspirando a novo destino.
O fato de estar desencarnado, porém, não coloca o Espírito, obrigatoriamente, na condição de errante. Errante só o é o que necessita de nova encarnação para melhorar-se. O Espírito que não precisa mais encarnar já está no estado de Espírito puro. Assim, quanto ao estado em que se encontrem, os Espíritos podem ser: 1) encarnados, que estão ligados a um corpo físico; 2) errantes, que estão aguardando nova encarnação; e, 3) puros, que estão desligados da matéria e sem necessidade de nova encarnação, já que chegaram à perfeição.
Convém destacar que o estado de erraticidade não é, por si só, sinal de inferioridade dos Espíritos, uma vez que há Espíritos errantes de todos os graus. A reencarnação é um estado transitório, já que o estado normal é quando está liberto da matéria.
Nesse estado de erraticidade, os espíritos não ficam inertes: estudam, observam, buscam informações que lhes enriqueçam o conhecimento das coisas, procurando o melhor meio de se elevarem. Como observa Léon Denis: “O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos”.
Assim, na condição de errante, o Espírito pode melhorar-se muito, conquistando novos conhecimentos, dependendo isso, naturalmente, de sua maior ou menor vontade. Todavia, será na condição de espírito encarnado que terá oportunidade de colocar em pratica as idéias quem adquiriu e realizar, efetivamente, o progresso que está buscando.
Gabriel Delanne nos lembra: “Os Espíritos são os próprios construtores do seu futuro conforme o ensino do Cristo: A cada um segundo as suas obras. Todo Espírito que ficar demorado em seu progresso somente de si próprio deverá queixar-se, do mesmo modo que aquele que se adiantar tem todo o mérito do seu procedimento: a felicidade que ele conquistou tem por esse fato mais valor aos seus olhos”.
A vida normal do Espírito efetua-se no espaço, mas a encarnação opera-se numa das terras que povoam o infinito; esta é necessária ao seu duplo progresso, moral e intelectual: ao progresso intelectual pela atividade que ele é obrigado a desenvolver no trabalho; ao progresso moral, pela necessidade que os homens têm uns dos outros. A vida social é a pedra de toque das boas ou das más qualidades.
Como explicar, entretanto, a situação da criança cuja vida material se interrompe? E por que esse fato ocorre?
Tal acontece com o de um adulto, o Espírito de uma criança que morre em tenra idade volta ao mundo dos Espíritos. E, às vezes, é bem mais adiantado e bem mais experiente que o de um adulto, já que pode ter progredido em encarnações passadas.
A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.
O Espírito cuja existência se interrompeu no período da infância recomeça uma nova existência. Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, da que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade? Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a igualdade é real para todos.
Com a experiência vivida pelo Espírito da criança, os seus pais são também provados em sua compreensão para com a vida ou, então, resgatam débitos que assumiram no passado.
Compreendemos, assim que “O Universo inteiro evolui. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.
por Marlon Santos
 de O Mensageiro

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