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sábado, 8 de maio de 2010

O Suicídio


Que bom que a vida fosse verdadeiramente interrompida pelo que chamamos morte, assim o suicídio seria a solução de muitos males. Mas não é essa a verdade.
Se soubéssemos que a coisa toda segue, que o fato de nos vermos livres do corpo físico não extingue os problemas, agiríamos de modo diferenciado. Leia os temas O Carma, A Reencarnação.
O suicida pensa ter por resolvidas todas as demandas da vida se socorrendo da morte como alternativa, ou tem uma certeza infame do seguimento da existência, de maneira que pensa com tal firmeza que 'do outro lado' é melhor a ponto de se ver solto e livre das coisas pérfidas e desregradas de outrora.
Ao desencarnar, por falta da morte se dar sem programação, o suicida experimenta ficar ligado ao corpo até o momento do apodrecimento total de seu invólucro de carne. Permanece preso ao corpo físico e se desloca muito pouco de perto dele em razão de que seu perispírito, atrelado aos cristais da glândula pineal, não se desprende até que esses cristais se desidratem.
A espiritualidade superior não abre oportunidade de desocupar de culpas o suicida em razão de que isso traria banalização para a existência, para a vida em linhas gerais. Dessa maneira, entendedor da atrocidade cometida contra si mesmo, aquele que se suicida opta, numa nova encarnação, por assegurar-se de não voltar a tal extremo, em dispor de algo que o leve a lembrar e frenar seus impulsos.
É normal que alguém que tenha cometido suicídio por tiros de revólver tenha manchas avermelhadas no local da antiga perfuração da bala, como um tipo de marco da brutalidade cometida. Assim ocorre com manchas e sinais no pescoço do enforcado, úlceras no estômago do que se envenenou, asmas e enfisemas nos pulmões de quem se asfixiou, etc.
Observe também, que aquele que nessa vida tráz limitações físicas severas, assim são para que os limites de seus movimentos não os permitam cometer tais danos novamente. Caso houvesse a desventura de seu cérebro desbloquear estímulos que desencadeassem no ânimo de suicidar-se novamente, o limite do corpo físico o impediria.
Normalmente, embora não seja uma regra geral, o suicida tráz para essa vida problemas praticamente incuráveis, de modo que é fácil perceber que o encarnado pôs fim em seu corpo na vida anterior somente olhando para o seu quadro atual.
Deus é o dono da vida, cabendo a nós zelar por esse dom. Custe o que custar.


Marlon Santos

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3 comentários:

  1. Oi querido Marlon!
    Como está você?
    Muito esclarecedor seu tema. Se vê muito pouco falar sobre esse assunto. Gosto quando nas suas palestras você enfoca, de maneira muito inteligente, esse assunto.

    Hoje comemora-se o Dia das Mães!(na verdade é todos os dias). Gostaria de colocar um texto seu, maravilhoso e inteligente, que todas as vezes que leio me emociono muito, e sei que é de grande auxílio para muitos.
    " O pecador, o errador
    Quem mais peca?Eu ou a minha mãe?Não sei responder.Só sei que minha mãe não peca. De maneira santa, vive em casa, sem se meter na vida de ninguém, sem querer galgar mais degraus. Ela fica em casa satisfeita e conformada. E eu? Corro como um louco para baixo e para cima, discuto com um, discuto com outro, tiro de um, dou para outro, ligo, xingo, compro, vendo, mais barato e mais caro respectivamente, não gosto de um carro pego outro, blefo, dissimulo, simulo, estou na rua! E minha mãe lá em casa, sem nada disso! O que pensar? Será que peco mais que minha mãe porque me exponho mais?
    E se eu tivesse que nem ela, ficasse em casa só cuidando dessas coisas da casa?
    Estou na rua, atarefado, e é falando mal, outro elogiando, outro me ameaçando e outro me aplaudindo, sendo amado, odiado, bem quisto, mal quisto, tudo! Se eu estivesse parado em casa, lavando louça, cozinhando, tratando os cães, isso não teria acontecido. Mas que droga de pecado é esse? Como consideram um pecador?
    Não é o caso de minha mãe! Só falei nela para chamar a atenção, pois minha mãe é um grande espírito, e um dos poucos que conheço que veio pra terra pra viver pelo amor. Só quis chamar a atenção para o detalhe seguinte. Só não erra, só não comete o pecado aquele que não arrisca, que não encara as coisas. E para mim todo aquele que fala mal, diz bobagens, inventa conversas, não se expõe, esse é um covarde, um acomodado.
    Para mim não existe pior pecado que a covardia e o conformismo. Peca aquele que se deleita com ostracismo. Peca muito mais aquele que só contempla do que aquele que especula. Eu especulo, mas ganho, apanho mas me realizo. Se tu és daquele que sentou para ver a vida passar, está morto. E eu, serei sempre assim. Enlouquecido por mais e mais coisas. Independente do pecado e da adversidade.
    Eu lhe digo: já conheci o inferno na vida e sou capaz de apostar que se não o conhecesse, não saberia hoje que a vida toda é um paraíso.
    Também sei que quem nunca passou por dificuldades, infernos e adversidades, muitas vezes tem tudo para ser feliz e nunca está satisfeito."

    Marlon Santos

    Me permita, com esse maravilhoso texto, homenagear sua mãe, minha avó, minha mãe e suas leitoras mães. Desejando do fundo do meu coração que elas cumpram sua missão e que sejam muito felizes, hoje e todos os dias.
    Abraço

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  2. Marisa, querida amiga...lembrastes de um texto que escrevi faz muito tempo, que legal. Um beijo pra você e para todos osteus!

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  3. Na Educação física, tive disciplinas teóricas dentro da literatura tive o prazer de ler, livros do psicólogo Francês Wallon, na Pós o Sociólogo Georges Vaucher, que tratavam da alma e do comportamento humano da lógica de sentimentos no mesmo sentido da lógica cognitiva porque estes se transformam, e se submetem as flutuações indefinidas...
    Eles se referem àqueles sentimentos espontâneos que são característicos na evolução da vida afetiva, simpatias e antipatias que podem aparecer, desaparecer, flutuar de diferentes formas. Do ponto de vista da psiquiatria, o estado de ânimo de uma pessoa depende das condições vegetativas do organismo; é um complexo químico e psicológico só acessível para os iniciados, mas que mesmo assim tem desafiado os médicos modernos, que não raro perdem seus pacientes para o suicídio, a anorexia ou a loucura. Assim, o sentimento de gratidão, por exemplo, espontâneo, é quase uma persuasão moral, como os sentimentos de justiça baseados na reciprocidade. Regra geral, todas as relações humanas envolvem sentimentos e emoções, assim como todo contato da pessoa com a realidade, mas por onde começa esse contato do ser humano com o mundo? Pelos sentidos ou pelos sentimentos espirituais? No fundo, todos os sentimentos são conseqüências diretas dos valores atribuídos à realidade percebida, que cada um constrói de maneira particular, o que leva à crença de que embora a realidade possa ter um mesmo significado objetivo, as significações pessoais serão diferentes entre os indivíduos e só a eles interessarão. Os sentimentos não são controlados pela vontade, são estados internos, mesmo que muitas vezes provocados por estímulos exteriores. Numa época em que tudo tende à tragédia, é importante entender que nem todo estado de tristeza é depressão. Qualquer um pode tornar-se triste ou alegre diante de uma notícia, o que indica que este sentimento não está ligado à percepção, mas ao sentido e ao significado do que é percebido. Neste mundo conturbado em que é piegas falar de afetos, é temerário expor sentimentos, o que mais se percebe é a carência do ser humano por reprimir seus sentimentos, principalmente aqueles ligados ao núcleo da própria personalidade. Esses sentimentos nascem no âmago de cada um e devem valorizar a pessoa ao invés de fragilizá-la diante da sociedade. Assim, o desespero, o remorso, a paz, o amor, arrependimento, o perdão e a serenidade espiritual podem voltar a ocupar lugar de destaque no comportamento humano sem provocar sentimento de menos-valia.

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