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terça-feira, 18 de maio de 2010

Como enfrentar a dor da partida (Morte) de um ente?


Não se tem dúvidas que a pior dor que podemos sentir é a dor de se afastar de alguém que gostamos pela morte. Isso tudo começa com a notícia recebida, depois mais, o primeiro encontro com o caixão que abriga o corpo no velório, mais adiante a visualização do corpo morto dentro do tal caixão, logo a soma do desespero de amigos e familiares, em seguida a sensação de vazio e da falta da pessoa culminando com o enterro do corpo e as lamurias relativas.
A cultura geral sobre a morte no mundo e em especial no Ocidente, faz do momento da morte o mais aterrorizador de todos os momentos para os humanos. Além de que não nos preparamos para esse momento, surge associado a isso a forma com a qual ou pela qual a pessoa morreu como um fator complicador.
Sem contar os inúmeros 'apoios' recebidos na hora da desgraça, tipo: Ele foi com Deus, Agora ela está a direita do Pai, Foi Deus quem quis, Tenha calma que tudo passa, Força que você tem muito o que viver ainda, Era a hora, Pelo menos descansou, etc, etc, etc. Esse monte de blá, blá, blá que todo mundo já sabe e que não traz sequer conforto.
Bem! Encarar a morte intimidando séculos de cultura de culto à ela é dose para elefante. Se as pessoas todas compreendessem que a vida segue depois do desenlace do corpo físico, seria mais fácil tecer tais explicações, como assim não é, tentarei mastigar mais essa bolacha dura para que consigam fazê-la passar pela garganta.
O primeiro passo é justamente entender que a nossa cultura é super egoísta em relação a morte.
Devemos entender também, que a morte com seus extremos é capaz de mostrar o verdadeiro e sublime amor que os seres humanos têm uns pelos outros, pois não fosse isso, os sentimentos de compaixão e solidariedade não seriam demonstrados. Ou seja: só sentimos que amamos porque sofremos ao perder.
Racionalize ao máximo o momento da despedida do corpo físico. Não crie embaraços melancólicos nem veja no corpo que está no esquife o fim de tudo que é a vida. Saiba que não é Deus que leva a pessoa com a morte: a morte é um programa manipulado pelo espírito e programado pela opção dele ainda antes de ele vir para cá para este mundo. Por isso que a morte acontece em qualquer idade, e a fatalidade pela qual acontece não passa de desculpa para a partida. Leia Desencarnação.
Não repudie em nenhuma hipótese o abraço e o conforto que as pessoas te dão nesse momento. Por mais que isso seja difícil, pior seria estar sem ninguém por perto nessas horas, sem ninguém para nos dar carinho. Veja Quem são nossos pais? Quem são nossos filhos?
O importante não é o que as pessoas falam nesse momento. O importante é a energia vivificadora que as pessoas trazem como alento para nossa alma ainda encarnada.
Use sempre termos construtivos nesse momento, como por exemplo: não morreu, desencarnou; não corpo, e sim invólucro; não fale saiu da vida para a morte, diga que foi para o plano espiritual; não faça orações pelo corpo, faça pelo espírito que mais do que ninguém está precisando de apoio; não reclames da dor da saudade sem antes saber que a dor daquele que parte será maior e mais complexa; não deixe de acreditar em Deus nessa hora, pois o problema não é de Deus, é da nossa cultura desprovida de conhecimentos específicos sobre o assunto; tenha respeito pelo invólucro de carne que está sendo velado, mas não preste culto para ele e fique perto dele somente o tempo necessário para o rito de 'despedida', enfim, faça tudo com mais frieza e mais racionalidade reservando para si a certeza que Deus não mata e para o ente que partira para o outro plano a convicção de que encontrará em você o braço forte da razão.
Não faça exageros demonstrando futilidade e ou desprezo pelo ente que se foi, pois demonstrar certeza na vida após a morte não destoa do respeito que tem que se ter com a liturgia relacionada a féretro.
Estude os bons livros que te educarão para esses momentos, que embora não os queira, mesmo assim viverá eles. Leia A Reencarnação.
Sugestões: O que é o Espiritismo, O livro dos Espíritos ( Allan Kardec) e Nosso Lar e Evolução em Dois Mundos (Chico Xavier).

Caso não consiga ter acesso aos links que estão em azul no texto, vá diretamente às postagens antigas do blog que acharás os temas respectivos.

Marlon Santos

imagens da web

3 comentários:

  1. “O importante não é o que as pessoas falam nesse momento. O importante é a energia vivificadora que as pessoas trazem como alento para nossa alma ainda encarnada.”

    Que frase linda Marlon...
    Não há carinho melhor e mais sagrado que o abraço de um irmão nos momentos em que a despedida de alguém nosso querido acontece.

    Um olhar... um abraço forte... a mão estendida... são fortalezas e transmitem mais amor e paz que palavras. Na verdade, não há o que se diga.
    A presença basta. Estar junto, basta.

    Nesses momentos de solidão de nós mesmos, em que perdemos até o raciocínio, e já não damos conta de nossas teorias e práticas, precisamos muito de alguém que nos lembre que somos imortais e estamos mais livres do que nunca... de que não se trata de uma despedida, mas de um ATÉ BREVE!

    Obrigada por nos falar sobre essas coisas... OBRIGADA DE CORAÇÃO!
    Abraço da Cacá

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  2. Gracias a ti, Marlon, por aceitar minha sugestão. É bem verdade que o distanciamento físico é o que traz a maior dor. Noa apegamos ao tangível: ver, tocar, ouvir...
    Este vazio que é mais difícil de suportar. Saber que alguém tão importante para a gente não estará diariamente (em corpo) em nosso convívio.
    Porque acostumamos a entender a vida como os anos compreendidos entre o nascimento e a morte.
    Porque acreditamos que devemos viver tudo enquanto nossos olhos estiverem abertos.
    Porque não ficam as lembranças de outras vidas e não temos o script para o futuro...
    E não falo somente sobre a morte física. Refiro-me também ao distanciamento causado pelo destino, pela "morte" de sentimentos, pela desunião, ou pelos rompimentos que enfrentamos.
    Grande abraço. Mais uma vez, obrigada.

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  3. Devemos aprender mais, e mais, a cada dia, já que levaremos conosco apenas as coisas boas que fizermos. Não somos preparados a nos distanciarmos de pessoas especiais, e que tanto amamos, por isso sofremos. O quer nos conforta é que a espiritualidade têm um embasamento sábio e de tamanho fundamento, que tudo tem um propósito e temos que evoluir para continuarmos próximos.
    Sou Grata,sabes que fazes parte de meu aprendizado!

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