A regra natural da vida é não voltarmos ás origens animalescas. O carma surge em razão da própria natureza do ser humano e não se trata de compensar a falha da pessoa com algo ruim para ela. Ao contrário disso, é um dispositivo que regula e repara as falhas visando a plenitude da evolução.
Evoluir significa não regredir e o carma está ligado a materialização das consequências das ações humanas.
Observando a lei da ação e da reação podemos entender que o resgate das dívidas não são, objetivamente, funções cruéis da divindade e sim que se o ser humano que não trabalha suas hostilidades e suas deturpações passará a inverter a ordem evolutiva. O carma é a reparação do dano e não a penalização do danificador, pois aquele que danifica adquiri automaticamente o ônus de restaurar o prejuízo.
As questões cármicas são estabelecidas em cima das ações das pessoas e a mente é o compartimento que guarda o resultado dessas ações. Pense que quando você resguarda a você mesmo a condição de estar com peso de consciência é por que assevera-se na alma e no pensamento a vontade do reparo. Tal e qual é o desenrolar pela vida inteira na tentativa de livrar o ser humano da miséria espiritual e da mediocridade moral.
Não haverá avanço em uma trajetória de brutalidades e ambições desqualificadas. Os princípios humanos que estabelecem diretrizes destrutivas desagregadoras não podem passar em branco: é preciso livrar o espírito do indivíduo das garras dessas diretrizes, e aí está o carma.
O carma não trabalha com a intenção de magoar, mas de reparar a mágoa. O carma é oriundo da natureza e não é um efeito da natureza, ele é o efeito das relações humanas ( veja também: Temos Destino?).
Se pensares que de qualquer forma o carma é uma atitude má então, de igual forma, poderás pensar que ele é o bem vindouro que ainda não se integralizou.
Devemos ter claro em nossas mentes que o carma nos faz repetir inúmeras vezes certas coisas, mas isso não é ruim, pois a repetição gera tendências. O carma desempenha a função de nos fazer ter vontades e assim nos faz, consequentemente, agir.
Entenda-se que o carma é inerente aos estágios primários da evolução convertendo provas difíceis em estados de consciência. Isso quer dizer que o carma não é um ordenameneto egoísta da natureza: ele é uma condição dela.
Não esqueça então: Você é livre, mas tem que seguir regras.
Nosso Deus criador definiu para a sua obra o chamado "Artesão dos Tempos", como é falado em várias literaturas. E esse artesão é o carma.
Jamais vamos recuar na inferioridade, essa é a regra.
Em seguida trataremos de assuntos correlacionados ao carma.
Marlon Santos
imagens da web
Enquete e aquário logo a baixo
Excelente! Abordaste o carma de maneira geral. O que nos deixam curiosos são alguns assuntos como. traição, infidelidade conjugal, isso gera carma? Como a espiritualdade vê isso, uma vez que a meu ver, leis criadas por algumas culturas monogâmicas e de algumas religiões. Pode ser uma sujestão para próximo tema. Bjos e continue está muito bom!
ResponderExcluirGostei muito desse tema,que aborda que jamais retrocedemos em nossa evoluçao,e sim podemos até estacionar,que vai depender de cada individuo.Faço estudo sistematizado da doutrina espirita,estou no 4º ano e gosto muito de aprender sempre mais isso nos traz,uma paz interior.
ResponderExcluirUm assunto que gostaria que vc pudesse comentar,em alguma oportunidade é sobre PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL, que acho de grande esclarecimento para um todo.Abraço e parabéns por estar nos esclarecendo com tantos assuntos tão importantes para nosso dia a dia.
Exelente o comentário sobre as Leis Carmicas. Estes princípios, deveriam ser fielmente seguidos por todas as camadas sociais. A proposição de assuntos dessa magnitude, certamente tornará a sociedade mais justa e virtuosa. Sejamos nós propagadores dos princípios carmicos que regem o Universo. Abraços.
ResponderExcluirTambém faço o Estudo Sistematizado, e acho que mais pessoas deveriam se preparar melhor, para um entendimento claro da doutrina. Ela veio para nos esclarecer e nos preparar para a continua evolução, mas cada um a seu momento e a sua necessidade e merecimento. Orai e vigiai... Abraços
ResponderExcluirEsses temas são importantes e sua compreensão prévia pode auxiliar o sofredor na compreensão e na absorção de seu sofrimento.
ResponderExcluirA maior contribuição do pensamento oriental ao Ocidente foi a noção de carma como um encadeamento de causas pretéritas formando o cenário e as condições de nossa vida presente. A palavra carma já está definitivamente incorporada ao vernáculo de todas as nações ocidentais, e mesmo as pessoas que não se identificam com a filosofia oriental ou com o movimento espírita sabem o que significa essa palavra e falam fluentemente sobre o carma, embora de forma muitas vezes simplista e distorcida. O pensamento comum supõe que um carma seja uma espécie de operação aritmética de soma e subtração, quando, na verdade, é uma função integral ultracomplexa em que um conjunto de causas interagem holograficamente para gerar um efeito.
A grande dificuldade para se entender esse conceito é que, na vida real, nem mesmo o próprio viajante conhece os objetivos e os desvios de percurso. As coisas parecem simplesmente acontecer impulsionadas por uma força desconhecida.
O conhecimento do carma facilita a compreensão desse processo, mesmo com o desconhecimento das forças causais e das linhas de tendência futura, que estão operando a cada instante, mudando o panorama de nossa vida e trazendo novas situações agradáveis ou desagradáveis.
Está claro para todos que os eventos penosos que ocorrem em nossa vida constituem uma manifestação do carma, a colheita de causas passadas. A colheita dos frutos amargos, cujas sementes plantamos nesta ou em existências pretéritas.
O sofrimento intenso e universalizado é, todavia, neutralizado e equilibrado por uma sensação de êxtase advinda da percepção da unidade da vida e da percepção consciente de que o glorioso plano abrange todas essas distorções localizadas e particulares. Essa mescla de sentimentos e percepções faz com que os grandes avatares sintetizem o sofrimento e o êxtase em uma sensação unificada e fora da nossa compreensão, como se o sofrimento fosse o travo amargo de um vinho tinto saboroso. Diziam os antigos, com uma sabedoria que ultrapassa as próprias palavras: “O vinho é amargo, mas tem o sabor da vida”.