Seguidores

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem são nossos pais? Quem são nossos filhos?

Existe a versão chamada ponto de vista, também a versão "isso é bobagem", mais a versão quero saber por que preciso saber. Assim se dá, em todos os tempos da vida humana, a forma pela qual o ser humano enfrenta a visão dos orientadores e abordadores deste assunto: a relação familiar.
Bem, não costumo escrever para satisfazer interesse de gente curiosa nem de gente que ainda pensa não ter a necessidade de entender a questão.
Quando o texto tende a entrar para o lado de conhecimentos espirituais mais aprofundados, tudo fica mais melindroso. Mas como o objetivo principal é trazer mais luz para quem precisa, não é preciso se preocupar com o restante.
Não paramos para pensar que os antídotos e os lenitivos que resolvem os problemas de todas as dores físicas ou espirituais sempre são formas ou coisas contrárias às tais dores. Redundante, mas nem tanto. Combatemos a solidão com a presença, o frio com o calor, a raiva com a ternura, a carência com o afago, o mau com o bom, etc. No desenvolver da vida terrena é assim também.
Existe uma necessidade espiritual universal de fazer com que o amor e todas as coisas que se ligam a ele sejam supremáticos em todo o cosmo, a ponto de que este seja sublime.
Encarnados e com vínculos hereditários e laços familiares variados é a forma mais disposta que se tem de conseguir tal objetivo, pois o desenvolvimento do perdão, da tolerância, da unidade fraterna e do carinho são práticas desse bojo.
Temos, gravados em nossos gens, heranças de todos os atos da vida, de todas as vidas, de todos os dissabores e amores colhidos, enfrentados e não enfrentados. Então se pode entender que, uma vez que a alma sai de suas contendas, em especial, deverá nutrir com conteúdo de afeto correspondente tudo aquilo que outrora tenha sido dramático e cruel. Não é destino, é disposição cármica, e, na família se tem a escola para esses temas. A usurpação passa a ser substituída pelo resguardo, a intransigência pelo tolerar, a cólera pelo carinho e assim, tomando água da mesma fonte, passam a cultivar mesmos valores e aperfeiçoarem novas práticas.
É normal que amantes de outros tempos, com amores corrompidos, egoísticos e enclausurantes, passem a desenvolver amor maternal ou paternal buscando convívios de respeito e reconhecimento ao outro. Não podemos negar, porém, o retorno de certas afrontas e brutalidades características de outros tempos, uma vez que o egoísmo, quando excessivo, passa a não ser controlado descambando das solicitações da natureza da família.
A própria atração física se torna num elemento de paz para aqueles que se odiavam. Comungar em família tempos terrenos com outrem ajuda a enxovalhar desgraças fustigantes do passado débil. Assim sendo, a paternidade tem reflexo imediato no filho que segue rumos apontados ou norteados por pais, numa contraposição imediata a um passado de conflitos.
Regenerar é a regra, assim como causar a paz. 
As movimentações das almas no universo se dão da ignorância para a sabedoria, dos erros para os acertos, e as experiências às qualificam, as dores às fazem pensar.

'E como Raulzinho disse:" flores, mamãe, pra mim não. Não precisa. Não deixe jamais cortar flôres por mim. Mantenha as flôres vivas, pois eu gosto de ver elas vivas. Você merece todas as flores do mundo.
Mamãe, não pegue o potinho (...), nos encontraremos sempre (...)."

Mensagem que veio por intermédio de alguém chamado Arno, ou Arnoldo, de um livro que não lembro o nome do autor.
Nos lembra que as flôres só são lindas quando vivas no jardim e que nosso egoísmo nos faz cortá-las para termos a ilusão de tê-las por alguns minutos, mesmo que agonizantes em nossas mãos. Deixemos as flôres vivas.'


Marlon Santos

Imagens da web

10 comentários:

  1. Exatamente assim, a família é o centro de nossa evoluçao,sejamos pais ou filhos. Por ela passam todos nossas dores e amores.....
    Parabéns, por ter escrito este texto de muita valia para quem tem a pretensão de evoluir. Abraços

    ResponderExcluir
  2. Marlon, grande abraço, faz tempo que não vejo o amigo, parabéns pelo blog.

    Daniel Leite

    ResponderExcluir
  3. É incrivel como essas palavras me comoveram...pois fez lembrar minha maezinha ja desenncarnada,ela mandou plantar uma roseira com o nome dela e pediu que nao chorase mas quando sentisse saudades era pra olhar para as rosas que lá ela estaria.
    E ano passado exatamente no dia me emocionei,tinha exatamente 36 rosas abertas,a minha idade que eu estava completando,e assim sinto ela sempre perto de mim.Concordo com suas palavras e fico feliz em poder aprender cada dia mais..evoluir é um bem precioso..
    Obrigada por nos deixar mais felizes com suas palavras.
    Que Deus sempre te ilumine,abraço fraterno.

    ResponderExcluir
  4. Marlon,
    muito bom ler este belo texto, mais ainda a mensagem do nosso querido e eterno Raulzinho.
    Sinto esta mensagem como uma resposta à manutenção da vida terrena, que nestes momentos de dor, parece querer acabar...
    As flores continuam, e na noite de domingo, na madrugada, acordei assustanda e senti o cheiro delas....
    Este texto me traz alento, agradeço, forte abraço,Elenara

    ResponderExcluir
  5. Família é tudo!Sempre temos algo a resgatar,e só o amor é capaz de romper barreiras. Assim creio que laços fraternos são eternos, já que o corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. O Espírito existe muito antes da formação do corpo, portanto, não foi o pai quem criou o Espírito do filho, ele não o fez, apenas forneceu-lhe um envoltório corporal. E tem a obrigação de auxiliar no seu desenvolvimento intelectual e moral, com o intuíto de o fazer progredir.

    ResponderExcluir
  6. marlon parabéns pelo blog,muito interessante os assuntos,um abração.

    ResponderExcluir
  7. Podem dar sugestões de temas também. Abraços

    ResponderExcluir
  8. Muitas vezes até, inconscientemente, vencemos nossas próprias frustrações obrigando nossos filhos a realizarem tarefas que nós não conseguimos desempenhá-las quando crianças.
    Até o presente momento, estamos tendo uma visão inteiramente restrita ao materialismo onde, superada a preocupação com doenças hereditárias e saúde perfeita, nos apegamos tão somente ao que o cotidiano de nossas vidas oferece para o crescimento do ser humano. E isso é muitíssimo pouco.
    Khalil Gibran em seu livro intitulado o "Profeta" nos diz o seguinte: “vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas. Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis faze-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. Que o vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria, pois assim como ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável”.
    Ora, isso significa que somos todos espíritos livres, criados simples e ignorantes, e estamos sendo guiados a todo instante para o caminho da perfeição.
    Abraçsss

    ResponderExcluir
  9. Uma vez unidos, nem que seja por uma única encarnação, pelo amor de pais e filhos, UNIDOS ESTAREMOS PARA TODO O SEMPRE NO AMOR UNIVERSAL!

    ResponderExcluir
  10. MUITO VALIOSA A EXPLANAÇÃO, ADOREI.CONTINUE EM NOSSAS VIDAS!!!

    ResponderExcluir