Seguidores

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Qual a sensação no momento de morrer?






O ato de morrer para o espírito em nada se relaciona aos aspectos físicos expressados pelo corpo de carne no momento da desencarnação. Aqueles olhos esbugalhados somados ao aterrador aspecto fisionômico onde a face parece estar chocada com o vislumbre de algo desconhecido e, por isso mesmo de pânico, não atingi a alma que passa a perscrutar novo plano.
O momento da morte se dá com dois fenômenos distintos e ligados entre si ao mesmo tempo. São eles o desligamento do corpo físico e o desenlace do corpo espiritual do dito corpo físico. O corpo carnal, que após o consentimento unânime das células físicas de que o conteúdo elétrico não pode ser mais comportado por elas, passa ao estado de solidez, perde também a condição de percepções imediatamente. Isso ocorre porque todos os sentidos e sensibilidades acompanham o corpo etéreo.
Ao corpo carnal resta a decomposição da forma respeitando sempre a retroprogressão dos componentes celulares e suas divisões e subdivisões atômicas, até que se transforme em átomos primitivos que comporão novos seres e objetos.

O corpo espiritual segue com todas as atividades semelhantes as do corpo físico, pois desde a respiração ao batimento cardíaco, desde a contração do diafragma até o peristaltismo do estômago, são atividades que não cessam para o espírito. O corpo espiritual é o protótipo do corpo físico e não o contrário.

Assim que a morte se encaminha, a tão não esperada agonia se dissipa com uma espécie de desmaio que acontece com o solavanco provocado pelo corte da eletricidade que movimenta as atividades cerebrais. Ao contrário do que supomos, a respiração não sofre parada, sem contar que a respiração do espírito é mais 'solta' e menos ofegante que a respiração do corpo físico, é que o sistema se dispõe com menos quantidades de alvéolos.

Pode acontecer, porém, de haver um intervalo entre o fato da morte e a consciência que o espírito passa a ter de que 'morreu', quer dizer, esse espaço de tempo pode ocorrer por questões mentais, mas as atividades metabólicas dele não param.
É óbvio que traumas propiciam dores no corpo carnal e se transferem para o corpo espiritual, quase sempre e, aliás, nem leva muito tempo para que o espírito sinta-se na mesma condição em que estava quando habitava este plano.

Uma vez conversei com o espírito de alguém que desencarnou por afogamento. Ele disse: 'Parecia que eu não tinha desencarnado. Eu estava consciente de tudo, inclusive de que tinha afundado na água. Aí me deparei com um monte de gente me socorrendo em um quarto, meus pulmões não queimavam mais. Acho que uma semana depois fiquei sabendo que eu tinha desencarnado'.
Marlon Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário